Governo do RS libera R$ 731 mi para dragagem nas hidrovias gaúchas

Serviços emergenciais deverão começar na próxima semana

O Governo do Rio Grande do Sul anunciou a liberação de R$ 731 milhões para dragagens nas hidrovias gaúchas, que sofreram com o acúmulo de sedimentos resultantes das enchentes que atingiram o estado no mês de maio. Segundo o Governo Estadual, os recursos serão utilizados para execução de serviços de batimetria e dragagem em mais de 320 quilômetros de hidrovias interiores, além de cerca de 40 quilômetros de canais na área portuária de Rio Grande e seu canal de acesso. A dragagem emergencial deverá começar na semana que vem.

A quantia foi definida após reunião do comitê do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). O investimento vai auxiliar na reconstrução da infraestrutura e dos equipamentos do Porto de Porto Alegre, que ficou por alguns meses com as operações suspensas em razão dos eventos climáticos no estado gaúcho.

Além disso, servirá para restaurar as profundidades dos canais de navegação, incluindo o porto de Rio Grande, a hidrovia da Lagoa dos Patos, o Guaíba e o Delta do Jacuí, os canais do Rio São Gonçalo e trechos dos rios dos Sinos, Caí e Gravataí.

Os serviços, considerados emergenciais, começarão na próxima semana, de acordo com a Portos RS, Autoridade Portuária dos portos públicos do Rio Grande do Sul. A dragagem vai iniciar pelos pontos considerados mais críticos, sendo eles: canal de Itapuã e o canal do Furado Grande, no Rio Jacuí, entre Porto Alegre e a Região Metropolitana.

Outros locais em que haverá operação emergencial são os canais de Pedras Brancas, Feitoria e Leitão.

“Essa aprovação é fundamental para que tenhamos a capacidade de fazer os investimentos necessários. São obras fundamentais para que se tenha uma retomada completa na navegação e nas nossas infraestruturas. Essa aprovação dá a celeridade necessária para a execução dessas obras”, disse o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger.

Dois encalhes

Em duas semanas, duas embarcações encalharam no canal de Itapuã em razão da presença de sedimentos no canal de navegação. Enquanto os serviços de dragagem não iniciarem, a Autoridade Portuária determinou que todos os navios com calado de 5,18 metros aguardem janela meteorológica de aumento no nível da água na Lagoa dos Patos para seguir viagem. A outra alternativa é que os navios terão que aliviar cargas em Rio Grande.