A unidade do INPO trabalhará em articulação com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, sendo responsável por atividades de apoio à gestão da pesquisa oceânicaCrédito: Luara Baggi/MCTI
Região Sudeste
Governo lança Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas no Rio de Janeiro
Entidade recém-criada visa desenvolver a atividade no país e irá funcionar no Parque Tecnológico da UFRJ
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) celebrou nesta semana um contrato entre a pasta e o recém-criado Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO) visando o desenvolvimento da atividade no Brasil. Segundo o Governo Federal, o instituto terá como sede o Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Qualificada como organização social da pasta ministerial pelo decreto presidencial 11.275, de 6 de dezembro de 2022, a nova unidade vinculada trabalhará em articulação com o Ministério, sendo responsável por atividades de apoio à gestão da pesquisa oceânica, nos níveis tático e operacional, no âmbito do Programa Ciência no Mar, do MCTI.
O programa tem por objetivo a gestão da ciência brasileira em águas oceânicas e busca produzir e aplicar o conhecimento científico e tecnológico para atingir benefícios sociais, econômicos e ambientais.
“Essa assinatura marca uma nova etapa de avanço do conhecimento científico, do desenvolvimento tecnológico e da inovação na mais importante fronteira do nosso planeta: o mar. O INPO atende às demandas por apoio às atividades de pesquisa e desenvolvimento, à otimização do uso de nossos navios de pesquisa e demais infraestruturas. É resultado de uma atuação coesa e participativa da comunidade científica e conta com uma agenda robusta e à frente dos desafios que se projetam em busca de um oceano saudável, seguro e resiliente”, afirmou a ministra Luciana Santos.
Durante a cerimônia de celebração do contrato, que ocorreu no Rio de Janeiro, a ministra destacou que a pauta dos oceanos é prioritária para o MCTI e cobrou celeridade para o início dos trabalhos e atenção especial da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).
“O marco de hoje representa o fim de uma longa espera dos cientistas marinhos nacionais. Por isso, precisamos ser rápidos e eficientes no início das atividades do novo Instituto, retomando as parcerias estratégicas nacionais e internacionais”, comentou.
O diretor-geral do IMPO, Segen Estefan, salientou a importância da ciência oceânica para entender seu papel nos efeitos das mudanças climáticas, para preservação de ecossistemas e tomada de decisões de políticas públicas.
“A agilidade na transição energética é fundamental para diminuir as temperaturas do oceano, para o recuo das geleiras e para reduzir o aumento do nível do mar e a indução de eventos extremos”, destacou Estefan.
O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, enfatizou que o instituto trará resultados concretos.
“Esse instituto trará grandes contribuições para resoluções dos problemas climáticos, energias sustentáveis, plataformas embarcáveis”, analisou.