Área industrial do Complexo do Pecém (CE): o financiamento para a indústria, estruturado no Plano Mais Produção, consiste em soluções financeiras para viabilizar a iniciativa (Foto: Divulgação)
Nacional
Governo lança nova política industrial com R$ 300 bi em financiamentos até 2026
Iniciativa visa promover a neoindustrialização e será gerida pelo BNDES, pela Finep e pela Embrapii
O Governo Federal lançou na segunda-feira, dia 22, a Nova Indústria Brasil (NIB), uma política industrial que busca impulsionar o desenvolvimento nacional até 2033. Com um investimento significativo de R$ 300 bilhões disponíveis para financiamento até 2026, a iniciativa visa promover a neoindustrialização e será gerida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
O texto da proposta foi apresentado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), comandado pelo vice-presidente e ministro da Indústria e do Comércio, Geraldo Alckmin. O financiamento para a política industrial, estruturado no Plano Mais Produção, consiste em soluções financeiras para viabilizar a iniciativa.
O Plano Mais Produção organiza a verba em quatro eixos principais: Mais Produtividade (R$182 bilhões), Mais Inovação e Digitalização (R$66 bilhões), Mais Exportação (R$40 bilhões) e Mais Verde (R$12 bilhões). Esses recursos, totalizando R$ 300 bilhões, serão disponibilizados por meio de linhas específicas de crédito, não reembolsáveis ou reembolsáveis, além de recursos provenientes do mercado de capitais.
A NIB abrange diversos instrumentos estatais, incluindo linhas de crédito especiais, ações regulatórias, propriedade intelectual e políticas de obras e compras públicas. Essas medidas, somadas a incentivos ao conteúdo local, buscam estimular o setor produtivo. Além disso, a política incorpora novos instrumentos de captação, como a linha de crédito de desenvolvimento (LCD), e introduz políticas inovadoras, como o mercado regulado de carbono e a taxonomia verde.
O programa define seis missões prioritárias até 2033, abrangendo desde cadeias agroindustriais sustentáveis até tecnologias de interesse para a soberania nacional. Metas específicas, como a mecanização de 70% dos estabelecimentos de agricultura familiar e a redução de 30% nas emissões de CO2 na indústria, são delineadas para atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável e econômico.