Entre as ações prioritárias para este ano estão o início do derrocamento do Pedral do Lourenço, a dragagem de importantes hidrovias e a manutenção de rotas essenciais (Foto: Reprodução/IBL)
Hidrovias
Governo prevê maior portfólio de investimentos no modal hidroviário
Dragagem, derrocamento e novos terminais estão entre as prioridades do programa de R$ 4,8 bilhões para 2025
O Brasil está prestes a vivenciar um avanço histórico no setor hidroviário. Segundo o Governo Federal, 2025 marcará a execução da maior carteira de investimentos já realizada no modal hidroviário, com R$ 4,8 bilhões previstos no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os recursos têm como objetivo transformar o transporte fluvial em uma solução logística eficiente, sustentável e estratégica para o desenvolvimento econômico nacional.
Entre as ações prioritárias para este ano estão o início do derrocamento do Pedral do Lourenço, a dragagem de importantes hidrovias, como os rios Tapajós e São Francisco, e a manutenção de rotas essenciais, incluindo Madeira, Parnaíba e Paraguai (tramo Sul). Além disso, o Governo realizará obras de proteção dos dolfins da Ponte Newton Navarro, no Rio Grande do Norte, para aumentar a segurança no tráfego de embarcações.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou a relevância dos investimentos. “Graças ao presidente Lula, nós contamos hoje com o maior portfólio de investimento no modal hidroviário. Hoje o país tem 12.000 km de hidrovia navegáveis, com o potencial de alcançar 42.000 km. Este governo tem inserido as hidrovias na agenda de ações diárias. A criação da primeira Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação comprova que estamos priorizando o transporte de cargas e de passageiros em áreas que não há outro tipo de modal”.
Com o objetivo de ampliar a infraestrutura hidroviária, o Governo Federal promete construir eclusas em Sobradinho (BA), Jupiá e Três Irmãos (SP), equipamentos fundamentais para permitir a navegação em trechos com desníveis. Além disso, cinco concessões hidroviárias estão programadas para os próximos dois anos, sendo a primeira no rio Paraguai.
As Instalações Portuárias Públicas de Pequeno Porte (IP4) também serão um dos focos principais do investimento. Terminais que movimentaram 4 milhões de passageiros em 2024 serão recuperados e ampliados, especialmente na Amazônia. Cidades como Borba, Santa Izabel do Rio Negro, Tefé, Parintins, Tonantins, Careiro da Várzea e Itacoatiara terão seus terminais revitalizados. Rondônia também será beneficiada com melhorias no terminal de Cai N’Água.
Além da recuperação de infraestruturas existentes, novos terminais serão construídos em locais estratégicos, como Manaus Moderna, Lábrea, Jutaí, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença e Santo Antônio do Içá. No estado do Amapá, estudos e projetos já estão em andamento para empreendimentos em Calçoene, Macapá, Mazagão, Oiapoque e Laranjal do Jari.
O plano do Governo Federal coloca as hidrovias no centro da agenda logística nacional, com a promessa de transformar o setor por meio do maior investimento da história no modal. Segundo o ministro Silvio Costa Filho, os recursos serão essenciais para aumentar a competitividade do país. “Este é um momento transformador. As hidrovias são estratégicas não só pelo custo reduzido, mas também pela sustentabilidade e pela capacidade de integrar regiões que não possuem acesso a outros modais”.
Além de gerar empregos diretos e indiretos, os projetos prometem beneficiar comunidades locais, reduzir emissões de carbono e consolidar o modal hidroviário como uma solução logística de ponta para o Brasil.
Realizações em 2024
O avanço no setor hidroviário já começou em 2024, com importantes entregas realizadas pelo Ministério de Portos e Aeroportos e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O último ano foi marcado pela inauguração e manutenção de IP4s, dragagens e sinalizações em hidrovias.
Essas iniciativas foram cruciais para o transporte de cargas e passageiros em regiões estratégicas, consolidando o modal hidroviário como uma alternativa sustentável e eficiente. “Hoje estamos construindo um novo capítulo para as hidrovias no Brasil, com projetos que conectam o país de maneira mais eficiente e sustentável”, afirmou o ministro.