O Rio Acre, principal fonte de abastecimento de Rio Branco, chegou ao menor nível registrado para o período em cinco anos, estando a apenas 30 centímetros da menor cota histórica. Nesta quarta-feira (24), o manancial media 1,55 metro, enquanto a marca mínima histórica, registrada em outubro de 2022, é de 1,25 metro. Foto: Harlei Cardoso/Secom
Região Norte
Governo Federal reconhece situação de emergência no Acre
O Rio Acre, principal fonte de abastecimento de Rio Branco, chegou ao menor nível registrado para o período em cinco anos
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta quarta-feira (24), a situação de emergência em Rio Branco, no Acre, que enfrenta um período de estiagem. A portaria com a medida foi publicada em edição do Diário Oficial da União nesta terça-feira (23). A capital decretou estado de emergência no dia 28 de junho, devido à estiagem.
Agora, as prefeituras estão aptas a solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros.
O Rio Acre, principal fonte de abastecimento de Rio Branco, chegou ao menor nível registrado para o período em cinco anos, estando a apenas 30 centímetros da menor cota histórica. Nesta quarta-feira (24), o manancial media 1,55 metro, enquanto a marca mínima histórica, registrada em outubro de 2022, é de 1,25 metro. Desde que as medições começaram, em 1971, esta situação é uma das mais críticas já enfrentadas.
A Bacia do Rio Acre está em situação de alerta máximo para seca, exacerbada pela escassez de chuvas na região. Este cenário é alarmante, especialmente em contraste com o que foi vivenciado entre fevereiro e março deste ano, quando o Acre passou pela segunda maior enchente de sua história desde 1971. Naquela ocasião, a inundação causada pelo Rio Acre forçou mais de 11 mil pessoas a deixarem suas casas.
Em Rio Branco, a falta de chuvas tem sido uma constante. O único dia de chuva registrado neste mês foi em 8 de julho, com 58,6 milímetros. No restante do mês, não houve precipitação. Em junho, o acumulado de chuvas nos 30 dias foi de apenas 21,1 milímetros. Este cenário agrava ainda mais a situação de seca, deixando a população em alerta e preocupada com o abastecimento de água e a sustentabilidade da região.