O grupo é formado pelas secretarias de Portos, Aeroportos e Ferrovias, de Estado da Fazenda, pela SCPar Holding, pelo Porto de São Francisco do Sul e terminais portuáriosCrédito: Divulgação
Região Sul
Grupo de trabalho busca recursos para obras no canal em São Francisco do Sul
Expectativa é de que profundidade passe dos atuais 14 metros para 16 metros
O Porto de São Francisco do Sul (SC) criou um grupo de trabalho junto com autoridades de outras esferas, com o objetivo de discutir o aprofundamento e o alargamento do canal de acesso do Complexo Portuário da Baía da Babitonga. De acordo com a Autoridade Portuária, o objetivo é buscar recursos para as obras necessárias, que estão avaliadas em R$ 290 milhões.
Com a obra, a profundidade do canal de acesso ao complexo portuário da região Norte do Estado passará dos atuais 14 metros para 16 metros e permitirá a navegação de embarcações de até 366 metros de comprimento.
De acordo com a Autoridade Portuária, já existe a licença prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a licença ambiental de instalação está em análise pelo órgão, que deve se manifestar nas próximas semanas.
O grupo é formado pelas secretarias de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF), de Estado da Fazenda (SEF), pela SCPar Holding, pelo Porto de São Francisco do Sul e terminais portuários.
Segundo informou a Autoridade Portuária, ao longo de novos encontros que irão ocorrer futuramente, o grupo levantará informações que serão levadas ao Ministério de Portos e Aeroportos e à Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários.
“Criamos uma mesa permanente para tratar do tema e de forma conjunta discutir os próximos passos para que seja possível reunir os recursos necessários para esta obra que é muito importante para garantir o futuro do complexo portuário da Baía da Babitonga”, afirma o secretário da SPAF, Beto Martins.
A Baía da Babitonga é o maior complexo portuário de Santa Catarina e representa 57% da movimentação de cargas no Estado e tem a segunda maior movimentação do Brasil.
“A constituição deste GT, com a participação de todos os ‘players’ envolvidos, mostra como tem sido a gestão do governador Jorginho Mello: um governo que sabe ouvir as partes interessadas e que, embora não seja um governo privatista, busca usar os marcos legais já postos para que a iniciativa privada também participe da construção das soluções”, analisou Cleverson Siewert, secretário da SEF.
Participaram da reunião realizada em Florianópolis, nesta semana, os representantes dos terminais portuários Tesc, Terlogs, Bunge, TGSC, Porto de Itapoá e Porto Público de São Francisco do Sul.
A obra deve representar um fato inédito no Brasil com o aproveitamento do material dragado para o alargamento da praia de Itapoá, vizinha da Baía da Babitonga. Serão retirados 13 milhões de metros cúbicos de sedimentos, dos quais 7 milhões serão para Itapoá que, nos últimos anos, tem sofrido com erosão marítima.