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As hidrovias do Tocantins e Tapajós são fundamentais para garantir o escoamento da safra brasileira e reduzir o custo logístico do país, com papel estratégico também na descarbonização do modais de transportes e no acesso a áreas remotas, beneficiando milhões de brasileiros, principalmente nas regiões Norte de Nordeste. Foto: Divulgação

Região Norte

Hidrovias Tocantins e Tapajós podem render R$ 4 bi, diz BNDES

30 de julho de 2024 às 15:29
Marília Sena Enviar e-mail para o Autor

Mpor, Antaq e BNDES assinaram acordo para elaborar as duas concessões do modal

O Ministério de Portos e Aeroportos assinou, nesta terça-feira, 30, o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para a elaboração de projetos de concessão das hidrovias do Tocantins e Tapajós. A parceria será com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e o financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES).

De acordo com o Diretor de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES, Nelson Barbosa, a parceria para os estudos das hidrovias pode render investimentos de até R$ 4 bilhões de reais.  “A equipe estima preliminarmente o desenvolvimento dessas duas hidrovias com a compra de investimento na ordem de R$ 4 bilhões de reais […] Eliminando os gargalos, as restrições sazonais dos rios, ampliando o volume de cargas, reduzindo o consumo de combustível”, explicou.

Sobre o Rio Tocantins, três projetos poderão ser desenvolvidos, se estendendo por 1.582 km entre os municípios de Belém do Pará e Peixe, no Tocantins. No Rio Tapajós, uma avaliação preliminar aponta que 700 km poderão ser concebidos em dois trechos principais, “entre Barcarena a Melgaço, no Pará, e de Santarém a São Luiz do Tapajós”, completou Nelson Barbosa.

O Secretário Nacional de Hidrovias, Dino Antunes, ressaltou a importância do investimento do BNDES no projeto. “A gente tem já estruturado inicialmente o que está mais à frente, o [rio] Madeira. A gente vê as complexidades que envolvem uma infraestrutura nova dessa, a gente nunca fez concessão de hidrovias”, disse.

“Então a participação do BNDES nesse momento é fundamental, é um selo de qualidade […] A presença do BNDES é realmente um selo de qualidade para a gente, dá uma certeza muito grande que teremos uma estruturação muito bem feita aqui para essas duas vias fundamentais que são Tocantins e Tapajós”, concluiu Dino.

As hidrovias do Tocantins e Tapajós são fundamentais para garantir o escoamento da safra brasileira e reduzir o custo logístico do país, com papel estratégico também na descarbonização do modais de transportes e no acesso a áreas remotas, beneficiando milhões de brasileiros, principalmente nas regiões Norte de Nordeste.

“A gente quer colocar essa pauta na ordem do dia nacional. É a primeira vez que há uma agenda coletiva entre Congresso, Governo Federal e BNDES construindo uma agenda hidroviária para o Brasil”, apontou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

O Governo Federal, através da Antaq, está trabalhando na concessão de seis hidrovias: Paraguai, Madeira, Barra Norte, Lagoa Mirim, Tapajós e Tocantins. A expectativa é expandir 60 mil quilômetros do modal. Os estudos para as concessões das hidrovias estão sendo realizados pelo Plano Geral de Outorgas (PGO). Atualmente, o Brasil utiliza 19 mil quilômetros das hidrovias. “Se pensar em potencial, não estamos explorando sequer 30%”, salientou Eduardo Nery.

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