Especialista representante dos Países Baixos percorreu as instalações dos portos de Paranaguá e AntoninaCrédito: Rodrigo Sell/Portos do Paraná
Região Sul
Holandeses miram investimentos em energia verde nos portos do Paraná
Diretoria da Autoridade Portuária se reuniu com executivo de empresa dos Países Baixos
A Portos do Paraná recebeu na última semana em sua sede representantes da Netherlands Expert Group for Sustainable Transport (Nestra), empresa de consultoria holandesa especializada em logística sustentável. De acordo com a Autoridade Portuária, o objetivo do encontro foi a realização de um estudo de mercado promovido pela empresa para avaliar as possibilidades de investimentos de empreendimentos dos Países Baixos em tecnologias verdes e desenvolvimento verde para os portos de Paranaguá e Antonina.
Ties de Leijer, gerente de projetos da Nestra, se reuniu com Felipe Gama, secretário geral da Portos do Paraná, que apresentou toda a estrutura portuária paranaense durante o encontro.
“Trata-se de um desdobramento do Green Ports Partnership, onde a Nestra, uma empresa que opera internacionalmente na área de desenvolvimento de portos sustentáveis, navegação fluvial e energia verde, foi contratada pelo Consulado Geral dos Países Baixos no Rio de Janeiro para mapear as possibilidades de investimento e colaboração para empresas holandesas junto à Portos do Paraná enquanto parceira signatária, nas áreas de desenvolvimento portuário, logística e energia verde”, explicou Gama.
De acordo com o representante holandês, os portos de Paranaguá e Antonina se apresentam com muitas possibilidades de aprimorar ainda mais a área de sustentabilidade portuária.
“Eu não conhecia o porto ainda, mas pelas apresentações que eu vi percebi que há muito potencial. A Portos do Paraná já está pensando muito nessas tecnologias verdes que fazem o porto se adaptar para lidar com o futuro e vou mostrar isso aos Países Baixos, para que eles vejam como a empresa poderia ajudar a aproveitar esse potencial”, disse o executivo.
Para Felipe Gama, a visita técnica do representante da Nestra aos portos paranaenses permitiu mostrar o reconhecimento dos complexos como a vanguarda do setor público portuário nas ações ESG e de sustentabilidade, o que também possibilitou que o Porto de Paranaguá seja o único porto público com o selo Ecoports.
“Foram reuniões técnicas multidisciplinares onde a logística e o desenvolvimento portuário não prescindiram em nenhum momento do enfoque em sustentabilidade e energia verde, tendo o hidrogênio verde como pauta prospectiva central para o atendimento da existente e crescente demanda europeia para o combustível”, apontou.
No âmbito do encontro e dos estudos foram realizadas reuniões com as diretorias de Operações, com o diretor Gabriel Vieira, com a diretoria de Meio ambiente, do diretor João Paulo Santana, representado pelo gerente de Meio Ambiente, Thales Schwanka, e a coordenadora de Planejamento e Licenciamento Kellyn Cristina Carneiro, além de conhecer as estruturas portuárias de Paranaguá e Antonina, onde também se reuniu com o presidente do Porto da Ponta do Felix, Gilberto Birkhan.
“É inspirador ver como os Portos de Paraná já estão pavimentando o caminho para um futuro mais verde. Estamos entusiasmados com as perspectivas de conectar empresas holandesas com setores específicos identificados em nosso estudo, fomentando uma sinergia vibrante entre os Países Baixos e o Brasil”, completou Leijer.
Parceria
No mês de maio, a diretoria da Portos do Paraná assinou uma parceria com o Porto de Roterdã para estabelecer o desenvolvimento do hidrogênio verde. Segundo a companhia, a intenção é compartilhar iniciativas e conhecimento para tornar os portos paranaenses mais sustentáveis, reduzindo o uso de carbono e investindo em novos sistemas energéticos.
A assinatura do memorando com o cais holandês faz parte do programa de colaboração Green Ports Partnership,com duração de três anos.
Conforme anunciou a Autoridade Portuária paranaense, o trabalho em parceria com Roterdã busca atender a quatro objetivos Garantir o acesso à energia acessível, confiável, sustentável e moderna para todos; promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos; construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação; e tomar medidas urgentes para combater as mudanças climáticas e seus impactos.