IBGE adequou o limite leste do Sistema Costeiro-Marinho do Brasil para representar todo o território marítimo nacional, sobretudo a área da chamada Amazônia Azul, que abrange não apenas a superfície do mar, mas também as águas sobrejacentes, ao leito marinho, solo e subsolo contidos na extensão atlântica que se projeta a partir do litoral até o limite exterior da Plataforma Continental brasileira. Foto: Marcos Juliano Ofenbock/Agência Brasil
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IBGE atualiza limite leste do Sistema Costeiro-Marinho adequado à Amazônia Azul
Adequação também serve para atender diferentes setores e órgãos que demandam um mapa mais abrangente da área marítima brasileira
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) adequou o limite leste do Sistema Costeiro-Marinho do Brasil para representar todo o território marítimo nacional, sobretudo a área da chamada Amazônia Azul, que abrange não apenas a superfície do mar, mas também as águas sobrejacentes, ao leito marinho, solo e subsolo contidos na extensão atlântica que se projeta a partir do litoral até o limite exterior da Plataforma Continental brasileira. As informações são da Agência Brasil.
A nova área foi disponibilizada na terça-feira (27). Com essa atualização, a área de soberania nacional passa a estar completamente representada, incluindo a totalidade da porção marítima do território brasileiro, conforme definição oficial.
A iniciativa busca alinhar os limites legais do território nacional com as diretrizes de outros órgãos governamentais e de pesquisa. A atualização também serve para atender diferentes setores e órgãos que demandam um mapa mais abrangente da área marítima brasileira.
Essa adequação territorial representa um aumento de mais de 4 milhões de quilômetros quadrados (km²) na área de soberania do Brasil. Importante destacar que não houve mudanças na porção continental do país, onde se localizam ambientes costeiros como dunas, mangues e restingas, formações que se originaram sobre sedimentos marinhos ao longo do litoral.
A chefe de setor do Meio Biótico do IBGE, Luciana Temponi, ressaltou a importância da atualização. “A partir de agora, estamos alinhados com outras instituições do governo e de pesquisa no que se refere à área jurisdicional brasileira. É um ganho relevante para o Brasil, envolvendo questões políticas, econômicas, bem como de proteção e conservação”, afirmou Temponi.
Ela disse ainda que a urgência da atualização tem relação com o reconhecimento internacional de parte da Amazônia Azul e às recomendações da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm) sobre o uso deste limite.
O coordenador de Meio Ambiente do IBGE, Therence de Sarti, reforçou essa importância. “A integração das bases é fundamental. É importante que os brasileiros vejam a Amazônia Azul como parte do país. Esperamos contribuir para a gestão sustentável da biodiversidade costeira e marinha, desde sua inclusão na educação básica até o apoio na formulação de políticas públicas”, concluiu.