Em relação à soja, 5,4 milhões de toneladas resultam da diferença nas estimativas para os estados e 4,2 milhões referem-se às diferenças na produtividade estimada de área plantada (Foto: Jaelson Lucas / Arquivo AEN)
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Imagens de satélite expõem divergência na safra de soja 2023/24
Segundo consultoria, colheita da temporada 2023/24 chega a 156,5 milhões de toneladas, 10 milhões a mais que os números da Conab
A safra de soja 2023/24 chegou a 156,5 milhões de toneladas, segundo levantamento feito por imagens de satélite da consultoria Agroconsult. O número representa aumento de quase 5 milhões de toneladas em relação à safra de 2022/23 e 10 milhões e mais de toneladas em relação aos dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).. A área plantada é de 46,4 milhões de hectares.
Os dados são resultado do uso de imagens de satélite complementado pelos levantamentos com a rede de contatos da Agroconsult, acompanhamento do mercado de insumos e análise de campo. Com a implantação de uma ferramenta que usa algoritmos para analisar imagens de satélite, a organizadora atualizou a área da safra 2023/24 para 46,4 milhões de hectares – 753 mil hectares acima da última projeção. A estimativa de produção foi elevada para 156,5 milhões de toneladas (ante 152,2 milhões de toneladas na última projeção), com produtividade média estimada em 56,2 sacas por hectare.
Em comparação com os números da Conab, as estimativas para a safra 23/24 apontam um aumento de 707 mil hectares na área plantada da região Centro-Oeste, de 445 mil hectares na região Sudeste, de 78 mil hectares no Sul e de 59 mil hectares no Nordeste. A região Norte perdeu 39 mil hectares.
Já em relação à produção de soja 23/24, os dados apontam aproximadamente 10 milhões de toneladas a mais em relação à Conab. Do total, 5,4 milhões de toneladas resultam da diferença entre as produtividades estimadas para os estados e 4,2 milhões de toneladas referem-se às diferenças nas estimativas de área plantada.
Outros dados
A Agroconsult ajustou também algumas produtividades dos estados. No Rio Grande do Sul, as chuvas do final de fevereiro foram benéficas e trouxeram bons resultados nas primeiras áreas colhidas de grãos. Os técnicos avaliaram lavouras no estado na semana de 18 de março e, em abril, retornarão para confirmar os dados. A estimativa de produtividade passou de 55 para 57,2 sacas por hectare.
Houve revisão positiva também em Minas Gerais, que, com a regularidade das chuvas, passou de 57 para 63,4 sacas por hectare. Com boas perspectivas de produtividade no leste do estado, Goiás saiu de 59 para 62,2 sacas por hectare. No Mato Grosso, a produtividade foi alterada de 52,5 para 53,1 sacas por hectare. Para a Bahia, a estimativa passou de 60 para 63,8 sacas por hectare.