Considerado um marco na integração econômica global, o tratado estabelece uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, abrangendo um mercado de mais de 750 milhões de consumidores, com impacto em 17% da economia global e 30% das exportações mundiais de bens. Foto: Ricardo Stuckert
Internacional
Indústria celebra acordo Mercosul-UE como avanço para o setor
CNI e Fiesp destacam diversificação das exportações e atração de investimentos como pilares do tratado comercial
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) elogiaram o recente acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE), anunciado na sexta-feira (6). Considerado um marco na integração econômica global, o tratado estabelece uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, abrangendo um mercado de mais de 750 milhões de consumidores, com impacto em 17% da economia global e 30% das exportações mundiais de bens.
Para a CNI, o acordo é um passo essencial para diversificar a pauta exportadora brasileira, ampliar parcerias comerciais e fortalecer a competitividade global do país. O presidente da confederação, Ricardo Alban, destacou a relevância do tratado para uma inserção mais robusta nas cadeias globais de valor.
“Além de diversificar nossas exportações, elevando o acesso preferencial brasileiro ao mercado mundial de 8% para 37%, o acordo está alinhado com uma agenda de crescimento inclusivo e sustentável. Ele é vital para garantir ganhos econômicos e sociais de longo prazo e reforçar nossa competitividade global”, afirmou Alban em declaração reproduzida pela Agência Brasil.
A Fiesp também celebrou o avanço, destacando que o momento é oportuno diante do aumento do protecionismo global. A entidade acredita que o tratado terá impacto positivo não só no comércio, mas também na atração de investimentos produtivos de longo prazo.
“A conclusão do acordo com a UE atende a uma reivindicação antiga da Fiesp por uma inserção externa qualificada do Mercosul. O tratado reconhece as boas práticas ambientais e de sustentabilidade do setor produtivo brasileiro, criando um espaço de diálogo para promover o comércio em bases justas”, afirmou a federação em nota.
A Fiesp ainda ressaltou que o acordo será um instrumento estratégico para o Mercosul, permitindo que o bloco lide melhor com as mudanças comerciais e geopolíticas globais.
O tratado é visto como um exemplo de cooperação internacional, especialmente em um contexto de crescentes tensões comerciais. Ao conectar as economias do Mercosul e da União Europeia de maneira mais estreita, o acordo representa uma oportunidade histórica para a indústria brasileira ampliar sua presença no mercado global, atrair investimentos e consolidar o Brasil como um player estratégico no comércio internacional.