Um navio de carga português foi apreendido pela Guarda Revolucionária Iraniana neste sábado (13), no Estreito de Ormuz, por estar "ligado a Israel", segundo os soldados. Divulgação/AFP
Internacional
Irã apreende navio que diz ser de Israel
Helicóptero da Guarda Revolucionária Iraniana abordou a embarcação neste sábado (13) no Estreito de Ormuz
Um navio de carga português foi apreendido pela Guarda Revolucionária Iraniana neste sábado (13), no Estreito de Ormuz, por estar “ligado a Israel”, segundo a mídia estatal IRNA.
A embarcação, chamada MSC Aries, foi abordada por um helicóptero das forças especiais da Marinha da Guarda Revolucionária e levada para águas territoriais do Irã.
A MSC confirmou a apreensão e disse que trabalha com as autoridades competentes para o regresso seguro do navio e dos 25 tripulantes a bordo.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, disse em sua rede social que o Teerã “pratica pirataria” e deveria ser sancionado por isso. “O regime do aiatolá de Khamenei é um regime criminoso que apoia os crimes do Hamas e que está conduzindo uma operação pirata que viola o direito internacional”, disse Katz no X.
Ele também apelou à União Europeia e ao mundo “que declarem imediatamente o corpo da Guarda Revolucionária Iraniana como uma organização terrorista e para que sancionem agora o Irã”.
Daniel Hagari, porta-voz militar de Israel, disse que “o Irã sofrerá as consequências por escolher agravar ainda mais esta situação”.
Tensão
A apreensão do navio ocorre em meio ao aumento da tensão entre Irã e Israel. A crise começou depois que autoridades iranianas acusaram Israel de um bombardeio ao consulado do país na Síria, que matou um comandante e seis oficiais da Guarda Revolucionária Iraniana -o governo israelense não assumiu a autoria.
Os Estados Unidos posicionaram navios de guerra para proteger Israel e o presidente americano Joe Biden disse que uma retaliação ao bombardeio pode acontecer “em breve”. Biden ainda garantiu que Washington vai proteger Israel caso o governo iraniano decida atacar.
Outros países como França, Reino Unido, Alemanha e Rússia pediram aos cidadãos que evitem viagens para a região, por precaução.