De acordo com a imprensa local, aeronave teve problema com o trem de pouso ao pousar no aeroporto de Muan (Foto: Reprodução/Agência Yonhap)
Internacional
Jeju Air garante que avião passou por inspeção antes de tragédia
Presidente da companhia reforça que a aeronave foi aprovada pela equipe de manutenção horas antes do acidente que matou 179 pessoas
O presidente da Jeju Air, Kim Yi-bae, informou que a aeronave envolvida no trágico acidente no último domingo (29) no Aeroporto Internacional de Muan, na Coreia do Sul, havia passado, horas antes da decolagem, por uma inspeção que não identificou “nenhum problema”. Das 181 pessoas a bordo, 179 morreram.
Yi-bae destacou que o avião só foi autorizado a decolar após ser aprovado pela equipe de manutenção da companhia, reforçando a adesão rigorosa aos protocolos de segurança. Ele também mencionou que os pilotos da empresa são bem treinados e têm acesso a dois simuladores de voo completos para capacitação.
“Se houvesse qualquer irregularidade, o avião não teria sido autorizado a decolar”, afirmou o presidente. Ele reconheceu, no entanto, que, nos últimos cinco anos, a Jeju Air liderou o número de multas e ações administrativas entre as companhias aéreas da Coreia do Sul.
“Nosso objetivo é reparar a confiança em nós, fortalecendo as nossas medidas de segurança”, concluiu.
O acidente ocorreu quando o Boeing 737-800, vindo de Bangkok, na Tailândia, tentou uma aterrissagem em Muan. Durante a tentativa de pouso, o avião não conseguiu baixar o trem de pouso e fez uma aterrissagem forçada, colidindo com um muro no final da pista.
As investigações sobre as causas do desastre estão em andamento e se concentram em duas principais frentes: a identificação das vítimas e a análise das causas do acidente. As caixas-pretas da aeronave — incluindo o gravador de voz da cabine e o gravador de dados de voo — estão sendo analisadas, embora dificuldades técnicas possam atrasar a obtenção de informações de uma delas. Os peritos estão focados em entender as razões da falha no trem de pouso, com suspeitas de colisões com aves ou condições climáticas adversas, além de investigar se o muro contra o qual o avião colidiu estava em conformidade com os regulamentos de segurança.
Enquanto as equipes forenses continuam trabalhando na coleta de destroços e restos mortais, a pista do aeroporto permanecerá fechada por pelo menos mais uma semana. Kim Yi-bae reafirmou o compromisso da Jeju Air em revisar e fortalecer seus procedimentos de segurança, buscando evitar que tragédias como esta se repitam.