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As lideranças ouvidas também levaram em conta o conhecimento que França tem da Baixada Santista, região onde nasceu e onde fica o Porto de Santos (Arquivo/Governo do Estado de São Paulo)

Nacional

Lideranças do setor portuário aprovam indicação de França para ministério

23 de dezembro de 2022 às 7:30
Bárbara Farias Enviar e-mail para o Autor

Autoridades ouvidas pelo BE News destacam experiência do ex-governador, mas chamam atenção para a necessidade de técnicos na equipe

O anúncio de Márcio França (SP) como futuro ministro de Portos e Aeroportos, feito ontem pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), repercutiu positivamente entre lideranças do setor portuário ouvidas pelo BE News.

Para o presidente da Federação Nacional dos Operadores Portuários (Fenop), Sergio Aquino, pesam a favor de França a experiência administrativa e o conhecimento do setor, entre outros fatores.

“As sinalizações da estrutura em nível de ministério e de um nome que já conhece o setor, que tem experiência administrativa, foi um prefeito inovador em São Vicente (SP), muito ativo como deputado federal, líder de governo, com muita articulação política, foi governador de São Paulo, conhece a região (da Baixada Santista, onde fica o Porto de Santos) e tem atuação ligada à atividade portuária, são fatores positivos. Inclusive, à época do ministro Pedro Brito, teve uma interlocução muito positiva. Estamos vendo isso de maneira otimista”, disse Aquino, que também preside o Conselho do Norte Export.

Comentário semelhante foi feito pelo diretor-executivo do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), Ricardo Molitzas.

“A expectativa é positiva, pois teremos à frente da pasta dos portos uma autoridade, que além de ser da região (da Baixada Santista), possui em seu histórico o cargo de prefeito de São Vicente e governador do Estado de São Paulo. Sem dúvida, um profissional com uma trajetória cheia de experiências e um profundo conhecimento da região e do sistema portuário do Estado de São Paulo”, declarou 

Molitzas, no entanto, chamou atenção para a necessidade de técnicos trabalhando com Márcio França no Ministério.

“É de fundamental importância que se mantenham técnicos na gestão dos portos de São Paulo, para que se possa dar continuidade aos trabalhos realizados ao longo do último governo. Um único ministério cuidando da infraestrutura é um modelo eficiente, e espero que mesmo divididos em duas pastas, o trabalho conjunto e eficaz se mantenha nas questões importantes ao País”, complementou Molitzas.

Essa preocupação também foi levantada pelo diretor-executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), Angelino Caputo. Mesmo assim, ele crê que o futuro ministro terá êxito à frente da pasta. 

“Márcio França tem credencial para conduzir o novo Ministério, pois é da Baixada Santista e conhecedor do Porto de Santos, o maior da América Latina. Poderá fazer uma boa gestão, sobretudo, se contar com uma assessoria técnica competente”, afirmou.

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