Locação de galpões logísticos no Brasil supera os 4 milhões de m² em 2023

Segundo levantamento, número é superior aos 3,6 milhões de m² locados no ano anterior

Levantamento da Colliers, consultoria de serviços imobiliários, aponta que foram locados 4 milhões de metros quadrados de galpões logísticos no Brasil em 2023. O número é superior aos 3,6 milhões de metros quadrados de 2022.

Segundo a consultoria, os dados apontam uma crescente na demanda por investimentos estratégicos especialmente em estados como São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Espírito Santo.

De acordo com a pesquisa, este foi o terceiro ano consecutivo em que a taxa de vacância (área desocupada) ficou abaixo de 12%, mesmo com o grande número de novas entregas. “Mesmo com o alto volume de novas locações, o mercado respondeu rápido, lançando novos produtos”, diz o documento.

O estado de São Paulo é o líder no setor, com 54% do estoque total de alto padrão.

Em relação aos preços do metro quadrado para locação, São Paulo (capital) e Paraná apresentam valores acima de R$ 30 o metro quadrado, sendo que Bahia e Distrito Federal encontram-se na faixa de R$ 28.

A Colliers estima que, para 2024, devem ser entregues mais 2,4 milhões de metros quadrados em galpões de alto padrão, a maioria nos estados de São Paulo e Minas Gerais.

Segundo o consultor de investimentos da Zavit, Daniel Alouan, avalia que a necessidade de galpões próximos dos principais centros consumidores deve continuar “puxando” a oferta de novos espaços para as regiões de São Paulo e Minas Gerais, além de outros centros urbanos com facilidade de logística.

“Ao investir em um galpão logístico moderno, além do ganho operacional, a empresa mostra ao mercado compromisso com a eficiência e a qualidade dos serviços prestados aos clientes, além da redução de custos de manutenção e diminuição nos prazos de entrega”, avalia.

O segmento de galpões representa, atualmente, cerca de 19% da composição do IFIX, índice da B3 que mede a variação das cotações dos fundos de investimentos imobiliários, ficando atrás somente dos fundos “de papel”, atrelados a ativos financeiros.