Navegação no canal chegou a ser suspensa na noite de sábado e também no início do último domingo (Foto: APS)
Região Sudeste
Lula assina decreto que prorroga a GLO até 4 de junho
Forças Armadas seguirão atuando em portos e aeroportos dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto que prorroga por mais 30 dias o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Com a decisão, publicada no Diário Oficial da União (DOU), o trabalho seguirá em portos e aeroportos até 4 de junho.
A GLO consiste no trabalho das Forças Armadas, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal (PRF) em atuação coordenada em ações nos portos do Rio de Janeiro, Itaguaí (RJ) e de Santos (SP), bem como no Aeroporto do Galeão (RJ) e no Aeroporto de Guarulhos (SP).
Segundo dados do Governo Federal, desde o início da GLO, em novembro do ano passado, 172,3 toneladas de drogas foram apreendidas, sendo 12,4 toneladas de cocaína e 5,4 toneladas de pasta-base de cocaína. Um total de 282 armas foram apreendidas (entre elas 30 fuzis), 3.178 pessoas foram presas e houve 11,2 mil fiscalizações em embarcações e 107,6 mil cargas inspecionadas, além de 7,8 mil contêineres vistoriados.
Ao todo, dos 31 mil ativos apreendidos ou retidos resultam em valor estimado de R$ 116 milhões.
O valor empregado em diárias e custos operacionais ficou em R$ 215,6 milhões, divididos entre Polícia Federal (R$ 3,2 milhões), Força Nacional (R$ 1,5 milhão), Forças Armadas (R$ 182 milhões) e Polícia Rodoviária Federal (R$ 28 milhões).
De acordo com a União, a sugestão da prorrogação da operação para combater o crime organizado em importantes portas de entrada e saída do comércio exterior no Brasil leva em consideração a avaliação dos bons resultados alcançados pelas instituições e órgãos envolvidos.
“O Ministério de Portos e Aeroportos vê como uma medida positiva a adoção de operações de Garantia de Lei e de Ordem (GLO), as quais estão sob coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Ministério da Defesa, uma vez que permitiu a intensificação de operações de combate ao crime organizado nos portos e aeroportos, sem quaisquer prejuízos à operação regular dessas infraestruturas”, disse a pasta liderada pelo ministro Silvio Costa Filho.