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De acordo com o presidente Lula, o mercado financeiro é “ganancioso” e um deficit de 0,5% do Produto Interno Bruno não representaria “absolutamente nada” para o próximo anoCrédito: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Nacional

Lula sinaliza que vai priorizar obras e não irá cumprir com a meta fiscal

Atualizado em: 28 de outubro de 2023 às 10:27
Marília Sena Enviar e-mail para o Autor

Presidente afirma que não quer começar o ano cortando “bilhões” em investimentos

O presidente da República,  Luiz Inácio Lula da Silva, disse na sexta-feira, dia 27, que “dificilmente” cumprirá a meta de deficit fiscal zero em 2024. A declaração foi dada durante um café com jornalistas no Palácio do Planalto.

Para Lula, o mercado financeiro é “ganancioso” e ele não quer começar o ano cortando “bilhões” de obras de investimentos prioritários. Segundo ele, um déficit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) não seria “absolutamente nada” para o próximo ano.

“Eu sei da disposição do (ministro da Fazenda) Fernando Haddad, sei da vontade do Haddad, sei da minha disposição, mas queria dizer para vocês que nós dificilmente chegaremos à meta, até porque eu não quero fazer corte em investimentos e obras. Se o Brasil tiver um deficit de 0,5% o que é? De 0,25%, o que é? Nada. Absolutamente nada”, disse o presidente.

Com isso, o Ministério da Fazenda  terá que elevar as receitas em R$ 168,5 bilhões. O Governo Federal enviou ao Congresso um Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLOA) com despesas iguais às receitas. O relator, o deputado Danilo Forte (União/CE), divulgou uma nota à imprensa afirmando que a fala do presidente Lula foi “brochante”.

“As declarações do presidente Lula sobre o abandono da meta fiscal causam constrangimento ao ministro Fernando Haddad, que tem lutado muito para o atingimento do déficit zero a partir da aprovação da agenda econômica”, afirmou o congressista.

Com a fala do presidente, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), fechou em queda na sexta-feira. O índice teve queda de 1,29%, a 113.301 pontos. O dólar subiu para R$ 5,01, com alta de 0,46%.

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