Lula visitou o submarino Humaitá, que já concluiu a fase de testes de imersão e deve ser transferido ao setor operativo da Marinha no segundo semestre deste ano Crédito: Ricardo Stuckert/PR
Nacional
Lula visita complexo de Itaguaí para ver programa de submarinos
Segundo o presidente, a indústria de defesa fortalece a economia e contribui para gerar empregos e renda
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou ontem (23) o Complexo Naval de Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Ele foi ver de perto o ProSub, programa de submarinos da Marinha do Brasil que está sendo desenvolvido no local.
O ProSub prevê a construção de quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear. Um deles, o Riachuelo, foi entregue em setembro de 2022. Ontem, Lula visitou o Humaitá, que já concluiu a fase de testes de imersão e deve ser transferido ao setor operativo da Marinha no segundo semestre deste ano.
O ProSub foi criado em 2008, no segundo mandato de Lula, por meio de uma parceria entre Brasil e França, com orçamento de R$ 40 bilhões. Na opinião do presidente, investimentos na área de defesa não só fortalecem a economia brasileira como também contribuem para a geração de empregos e renda.
“Quando enxerguei a necessidade de desenvolver uma indústria de defesa no Brasil, é porque em todos os países ela contribui com a economia como um todo, além de preparar de forma mais sofisticada, com muito conhecimento científico e tecnológico, as nossas Forças Armadas e o próprio país”, declarou.
Segundo Lula, mesmo com a falta de recursos financeiros, é preciso ver as coisas pelo lado positivo. E deu como exemplo as PPPs (Parcerias Público-Privadas) como alternativa para viabilizar mais investimentos.
“Se não tem dinheiro no Orçamento para aplicar, vamos arrumar parcerias com a iniciativa privada para que se possa construir as PPPs e fazer os investimentos que o Brasil precisa”, disse o presidente.
Também acompanharam a visita a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e a ministra do Turismo, Daniela Carneiro.
O ProSub
Segundo o assessor-chefe do Programa de Submarinos da Marinha, contra-almirante Luiz Roberto Cavalcanti Valicente, o Humaitá e um outro de propulsão nuclear compõem o ProSub.
Ele fez questão de deixar claro que a embarcação não é uma arma nuclear. “A gente frisa (que) esse nome é o SCPN (Submarino Convencional à Propulsão Nuclear), para deixar claro que é um submarino com armas convencionais, como nós temos agora. Somente a propulsão dele será nuclear, o que dá uma autonomia enorme. Ele pode ficar muito mais tempo mergulhado, ficar no mar, ou seja, incrementa muito as capacidades do submarino”, disse Valicente, em declarações reproduzidas pela Agência Brasil.