O atentado integra a estratégia dos houthis de manifestar seu apoio ao grupo terrorista palestino Hamas, combatido por Israel na Faixa de Gaza. Tais iniciativas têm prejudicado o comércio internacional, com companhias de navegação passando a evitar o Mar Vermelho. Divulgação Maersk
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Maersk suspende atividades após ataque de rebeldes
A armadora Maersk, uma das líderes no transporte marítimo de cargas, suspendeu suas atividades no Mar Vermelho por 48 horas, contadas desde o último domingo. A decisão foi tomada pois, nesse dia, o grupo rebelde Houthis, do Iêmen, apoiados pelo Irã, atacou um de seus cargueiros, o porta-contêiner Maersk Hangzhou, que trafegava pela via de navegação. Na ação, os houthis utilizaram mísseis e pequenas embarcações. Apesar do ataque, a tripulação não se feriu e o navio conseguiu continuar até Porto Suez, no Egito, segundo a Maersk.
O atentado integra a estratégia dos houthis de manifestar seu apoio ao grupo terrorista palestino Hamas, combatido por Israel na Faixa de Gaza. Tais iniciativas têm prejudicado o comércio internacional, com companhias de navegação passando a evitar o Mar Vermelho, que liga o Mar Mediterrâneo (pelo Canal de Suez) ao Oceano Índico e, assim, a Europa e a Ásia, e adotando rotas mais longas, como o contorno da África. Para especialistas, é uma questão de tempo antes de uma alta dos fretes marítimos.
Devido aos ataques dos houthis a navios, a Marinha dos Estados Unidos ampliou sua presença no Mar Vermelho. Isso levou o Irão, na última segunda-feira, dia 1, a enviar um navio militar para a via de navegação, ampliando a tensão local.