O método construtivo utilizado no vão central, de 125 metros, será o de Balanços Sucessivos, garantindo a navegabilidade da Hidrovia Tietê-Paraná durante as obras (Foto: Divulgação/Entrevias)
Região Sudeste
Maior ponte do estado de São Paulo começa a ser duplicada
Estrutura sobre o Rio Tietê, entre Novo Horizonte e Pongaí, integra grandes obras rodoviárias da SP-333
Começaram as obras de fundação para a duplicação da ponte Engenheiro Gilberto Paim Pamplona, considerada a maior do estado de São Paulo. A estrutura, que atravessa o Rio Tietê e conecta as cidades de Novo Horizonte e Pongaí, no Centro-Oeste paulista, está recebendo um investimento de R$ 350 milhões. A entrega do empreendimento, supervisionado pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), está prevista para agosto de 2026.
A duplicação da ponte terá 2,4 quilômetros de extensão e será construída paralelamente à estrutura existente, no sentido Leste da Rodovia Dr. Mário Gentil (SP-333), entre os quilômetros 229,960 e 232,400. O projeto inclui a instalação de 124 estacas, sendo 112 no leito do Rio Tietê e 12 incorporadas às cabeceiras, visando aumentar a capacidade e melhorar as condições de tráfego.
O método construtivo utilizado no vão central, de 125 metros, será o de Balanços Sucessivos, garantindo a navegabilidade da Hidrovia Tietê-Paraná durante as obras.
Segundo a concessionária Entrevias, responsável pela obra, a construção utilizará vigas pré-moldadas de concreto e demandará mais de 3,9 mil toneladas de aço e 5 mil caminhões de concreto. Atualmente, 130 trabalhadores estão envolvidos no projeto, mas o número deve chegar a 250 ao longo das etapas.
“O projeto foi planejado para atender aos mais altos padrões de engenharia. Em conjunto com outros trechos em duplicação, tornará a rodovia mais segura e confortável”, afirmou Paulo Negreiros, diretor de Engenharia da Entrevias.
A execução da obra conta com balsas e embarcações, utilizadas como plataformas de apoio. Nelas estão instalados guindastes e equipamentos como martelos para cravação de tubos, além de ferramentas para limpeza, armação e concretagem das estacas. As “camisas metálicas” que formam as estacas são posicionadas no local exato, limpas e preenchidas com concreto, que é bombeado de baixo para cima, expulsando a água.
A preocupação com o meio ambiente é um ponto central no projeto. Os materiais retirados dos tubos, como água e solo, passam por um processo de separação e análise antes do descarte em locais apropriados fora do rio.
A fauna aquática está sendo manejada desde outubro de 2024. O trabalho inclui o cercamento de quadrantes nas margens do rio, evitando que os animais sejam impactados pelas obras. Após o isolamento, biólogos e veterinários realizam o afugentamento dos peixes com redes, transportando-os para fora da área afetada. Durante o processo de aterramento, essas medidas são reforçadas, garantindo o resgate e a relocação de quaisquer animais que permaneçam no local.