Mais de 60% dos navios para exportação de café sofreram com atrasos em junho

Café com atraso 1
Mais de 60% dos navios que transportaram café brasileiro no mês passado, no País, sofreram atrasos ou tiveram alterações em suas escalas nos portos. Dos 413 cargueiros que realizaram esse serviço, 254 apresentaram esse problema. Os dados são do Boletim Detention Zero (DTZ), feito pela ElloX Digital em parceria com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Conforme o levantamento, o maior atraso, que foi de 42 dias entre a abertura do primeiro e a do último deadline, ocorreu no Porto de Santos (SP).

Café com atraso 2
Devido a esses atrasos, a mudanças nas deadlines e outros problemas operacionais, o Brasil deixou de exportar 1,23 milhão de sacas de café (o suficiente para ocupar 3.734 contêineres) em junho, segundo cálculo do Cecafé, que consultou 30 exportadores associados – responsáveis por 77% dos embarques nacionais. 

Café com atraso 3
No Porto de Santos, responsável por 69,1% das exportações brasileiras no primeiro semestre, o índice de navios transportando café e que registraram atraso chegou a 82% – 118 de 144 embarcações, conforme dados do DTZ. Isso levou o Cecafé a realizar uma pesquisa com os exportadores do grão que utilizam o cais santista. De acordo com esse levantamento, 43% dos entrevistados disseram que as atividades no complexo santista pioraram um pouco em junho.

Suspeita descartada 1
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou nesse domingo, dia 21, que três casos suspeitos de doença de Newcastle (DNC) no Rio Grande do Sul foram descartados, após as análises do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP) revelarem resultado negativo para o vírus. A doença viral atinge aves silvestres e comerciais e é altamente contagiosa para os animais. 

Suspeita descartada 2
As amostras foram coletadas na sexta-feira em três propriedades suspeitas, localizadas na zona de proteção estabelecida para DNC pela equipe de vigilância e defesa sanitária animal do estado em conjunto com a equipe do Mapa. Na última quarta-feira, dia 18, foi identificado um foco da doença em uma granja de criação comercial de aves para corte, localizada no município de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul.  O diagnóstico positivo também foi feito pelo LFDA-SP.