Segundo o Ministério, as 12 concessionárias que administram 59 aeroportos no Brasil já investiram cerca de R$ 28,5 bilhões em melhorias de infraestrutura e serviços aos usuários (Foto: Vosmar Rosa/MPor)
Nacional
Ministério anuncia que aeroportos vão receber R$ 20 bi em investimentos
Informação foi passada pelo ministro Silvio Costa Filho durante reunião com representantes de concessionárias
O Ministério de Portos e Aeroportos anunciou, na terça-feira, dia 20, que os aeroportos vão receber R$ 20 bilhões em investimentos nos próximos anos. A informação foi dada após uma reunião do ministro Silvio Costa Filho com os representantes das concessionárias que administram 59 aeroportos brasileiros.
O Governo e os representantes das empresas também discutiram outras melhorias para os terminais. O Ministério reforçou que o encontro serviu para que os administradores dos aeroportos e Governo selem laços para o fortalecimento da aviação comercial do país, a ampliação de rotas regionais e internacionais.
Em 2023 o setor transportou 112,6 milhões de passageiros no mercado doméstico e internacional. O número superou em 15,3% os dados de 2023.
“No último ano, conseguimos um crescimento acima de dois dígitos na aviação. Até 2026, nosso objetivo é que a aviação brasileira transporte mais 140 milhões de passageiros”, afirmou Silvio Costa Filho.
O ministro também sugeriu a criação de um grupo de trabalho da Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério de Portos e Aeroportos com concessionárias privadas e a Infraero para criar rotas de transporte aéreo a partir de aeroportos regionais.
“Ampliar o modal aéreo para regiões onde não tem operação vai ao encontro do nosso plano de universalização do transporte aéreo, que visa ampliar a malha brasileira e diminuir o preço da tarifa aérea”, destacou o ministro.
O presidente da ABR Aeroportos do Brasil, Fábio Rogério Carvalho, considerou o momento como “valioso” para apresentar os planos de investimento “na certeza de que temos muito a contribuir e colaborar com o Brasil, especialmente aqui com a pasta do ministro Silvio”, afirmou.
Jorge Arruda, presidente da Inframérica, afirmou que “é fundamental, a gente como setor, manter um diálogo aberto com o Governo Federal”.
Ricardo Gessi, presidente da Zurich, empresa que assumiu na segunda-feira, dia 19, o aeroporto de Natal, ressaltou que a aproximação com o Ministério é importante para clareza nós investimentos. Um setor muito importante, fundamental para infraestrutura do Brasil, com demandas muito importantes a curto médio e longo prazo”, afirmou.
O presidente da RioGaleão, Alexandre Monteiro, considerou que a reunião abriu portas entre governo e concessionárias.
“O encontro de hoje (terça-feira) vai fazer com que concessionárias e o Ministério de Portos e Aeroportos possam trabalhar juntos no desenvolvimento do setor aeroportuário. Certamente essa primeira reunião abrirá caminho para que muitas outras possam ser realizadas durante esse ano”, disse.
De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, as 12 concessionárias privadas que administram 59 aeroportos no Brasil já investiram cerca de R$ 28,5 bilhões em melhorias de infraestrutura e serviços aos usuários.
Atualmente, os aeroportos concedidos são responsáveis por transportar cerca de 92% dos passageiros no mercado doméstico e internacional e 99% do total de carga aérea transportada.
Aviação regional
O ministro Silvio Costa Filho, espera que o Tribunal de Contas da União (TCU) possa autorizar o Plano Nacional de Aviação Regional até o final de março, período que marca o feriado da Semana Santa.
De acordo com Costa Filho, serão mais de 100 aeroportos novos ou requalificados. Apenas no Amazonas serão oito novos terminais. O ministro já ressaltou que o intuito do programa é alavancar a aviação regional. “A gente espera em dois meses uma posição do TCU, pois isso significa mais de R$ 10 bilhões em investimentos em aeroportos no Brasil”, disse o ministro.
De acordo com o Ministério, em 2023 foram investidos R$ 1,2 bilhão. O ministro afirmou que a expectativa é que nos próximos cinco anos seja investido cerca de R$ 5 bilhões de recursos do setor privado.