A atual concessão da Malha Sul foi firmada em 1997 e o contrato vence em 2027 (Foto: Divulgação/Rumo Logística)
Ferrovias
Ministério dos Transportes cria grupo para debater renovação da Malha Sul
Atualmente operado pela Rumo, atual concessão é válida até 2027
O Ministério dos Transportes deu início nesta semana às discussões voltadas para uma solução referente à otimização do contrato da Malha Sul, linha ferroviária que atualmente está sob concessão da Rumo Logística. Segundo a pasta, o debate vai acontecer no âmbito de um grupo de trabalho que foi instituído na última quarta-feira, 13 de novembro.
“Este Grupo de Trabalho representa um passo fundamental para aumentar a eficiência da Malha Sul, promovendo um desenvolvimento econômico mais sustentável para a região. Com a participação do governo federal, dos estados e do setor ferroviário, será possível entender melhor as demandas específicas dessa malha, identificar os principais gargalos e propor soluções que garantam seu pleno funcionamento e competitividade”, comentou o secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro.
Segundo anunciou a pasta, o grupo de trabalho será presidido pelo secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro. A secretaria-executiva do grupo ficará a cargo do secretário Leonardo Ribeiro.
Integram ainda a equipe o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Viatale, o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Fabrício Galvão, e o diretor-presidente da Infra S.A., Jorge Bastos.
Contrato
A atual concessão da Malha Sul foi firmada em 1997 e o contrato vence em 2027. A outorga contempla vários segmentos de linhas ferroviárias que cortam os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Segundo informou o Ministério dos Transportes, todos os trechos ferroviários da concessão estarão em debate pelo grupo de trabalho, mas será dada uma atenção especial às ferrovias do estado gaúcho, devido aos prejuízos na infraestrutura ferroviária causadas pelas enchentes e eventos climáticos que castigaram o Rio Grande do Sul nos meses de abril e maio.
Segundo a ANTT, o Rio Grande do Sul tem aproximadamente 3,3 mil quilômetros de linhas e ramais ferroviários. As ferrovias são utilizadas principalmente para o transporte de cargas como produtos agrícolas, carvão mineral, minério de ferro, celulose, fertilizantes, adubos e derivados de petróleo.