Com alta mortalidade entre as espécies de tilápia, incluindo aquelas cultivadas e selvagens, o TiLV coloca em perigo a segurança alimentar e econômica de comunidades que dependem da pesca e da aquicultura. Foto: freepik
Comércio exterior
Ministério suspende importações de tilápia do Vietnã
Medida foi anunciada após identificação de riscos associados ao vírus TiLV em território nacional
Nesta quarta-feira, 14, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) decidiu suspender as importações de tilápias originárias do Vietnã, após identificar potenciais riscos associados à introdução do vírus TiLV em território nacional. O despacho decisório, publicado no Diário Oficial da União, determina a revisão imediata do protocolo sanitário vigente.
Desde sua identificação em Israel, em 2013, surtos da doença Vírus da Tilápia de Lago (TiLV) têm sido observados em diversos países da Ásia, África e Américas. Com alta mortalidade entre as espécies de tilápia, incluindo aquelas cultivadas e selvagens, o TiLV coloca em perigo a segurança alimentar e econômica de comunidades que dependem da pesca e da aquicultura, por isso a suspensão no Brasil, na tentativa de evitar o contágio aqui e o impacto na atividade nacional.
A prevenção por meio de práticas rigorosas de biossegurança é necessária para evitar perdas devastadoras na produção de peixes, uma vez que ainda não existem terapias eficazes comprovadas e disponíveis. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou a importância da defesa agropecuária para não afetar a economia do país.
“É ter prudência, garantir qualidade e sanidade à produção brasileira. O Brasil é esse grande produtor e exportador de alimentos porque tem na sua defesa agropecuária a régua no limite máximo, garantindo a qualidade dos nossos produtos. Nós não podemos e nunca iremos precarizar com esse assunto. Isso é muito importante”, afirmou.
Desde novembro de 2023, o Brasil concedeu 22 licenças de importação de filés de tilápia do Vietnã, com apenas uma carga chegando ao país em dezembro. A suspensão das importações ocorre até que a revisão do protocolo sanitário seja concluída.
A medida, que visa garantir a segurança e qualidade da produção brasileira, surge após reuniões com representantes do setor, incluindo o Ministério da Pesca e Aquicultura e a Câmara Setorial da Produção e Indústria de Pescados.