A ponte definitiva terá investimento estimado em R$ 31 milhões. De acordo com o ministro, a expectativa é que o trabalho seja entregue num prazo entre 6 a 8 meses. Foto: Marcio Ferreira/ MT
Região Sul
Ministro assina ordem de serviço para construção de nova ponte sobre rio Caí
Ministério dos Transportes quer entregar em 6 meses estrutura definitiva; atualmente, trecho é o único totalmente bloqueado na BR-116/RS
O ministro dos Transportes, Renan Filho, assinou nesta terça-feira (4), a ordem de serviço para a reconstrução da ponte sobre o rio Caí, em Caxias do Sul, que foi levada durante as enchentes que acometeram a região. Os serviços da nova estrutura incluem demolição da ponte avariada, além da instalação de uma ponte metálica provisória que deve ser realizada nos próximos dias.
“O Exército Brasileiro pede até 15 dias para entregar a ponte provisória, mas a gente espera que ela fique pronta até o final da semana que vem”, detalha Renan Filho. A instalação da ponte metálica permitirá o fim da interrupção da BR-116 enquanto durarem as obras da definitiva.
A ponte definitiva terá investimento estimado em R$ 31 milhões. De acordo com o ministro, a expectativa é que o trabalho seja entregue com o máximo de celeridade. “O contrato para construção é de 8 meses, mas estamos conversando com o DNIT para usarmos essa ponte como símbolo da reconstrução do Rio Grande do Sul e a resiliência do povo gaúcho. Nós já temos os recursos e queremos entregá-la no máximo em 6 meses”, prevê Renan Filho.
Nova estrutura resiliente
A ponte sobre o rio Caí, na divisa entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis, sofreu danos estruturais no pilar central, instalado dentro do rio, que sofre com a pressão do alto volume de água trazido pelas chuvas. A estrutura chegou a ceder parcialmente, o que comprometeu a via a ponto de exigir sua demolição para a construção de uma nova passagem sobre o rio.
Por isso, no novo projeto, está prevista uma ponte com novas tecnologias e que não necessite o pilar central. Para a passagem provisória, o DNIT preparou a extensão chamada de enrocamento, um dispositivo amortecedor formado por pedras para proteger taludes e canais contra os efeitos erosivos causados pelo fluxo da água.
“A gente chegou a ter 64 pontos interditados nas rodovias administradas pelo DNIT e 60 pontos em rodovias de concessões. Hoje temos apenas quatro pontos, já estamos trabalhando neles, mas ainda não há segurança para liberar para o tráfego por causa da instabilidade na serra”, avalia o ministro.
Durante a visita ao Rio Grande do Sul, Renan Filho foi recebido por uma comitiva formada pelos prefeitos de Caxias do Sul, Adilo Angelo Didomenico, e de Nova Petrópolis, Jorge Darlei Wolf, além de vereadores e autoridades. Também acompanhou a vistoria o diretor-geral do DNIT, Fabricio Galvão.