O ministro dos Transportes, Renan Filho, falou sobre as metodologias do CNT e do Dnit após participar da apresentação da pesquisa realizada pela confederação nacionalCrédito: Marcio Ferreira/MT
Nacional
Ministro pede padronização de dados para melhorar rodovias
Renan Filho defende que CNT e Dnit tenham indicadores similares
O ministro dos Transportes, Renan Filho, defendeu que a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) tenham indicadores similares de condição das rodovias federais.
“Nós vamos usar alguns indicadores da CNT na metodologia do Dnit, como esse dos pontos críticos, por exemplo. Precisamos unificar os dados, somar esforços para garantir rodovias melhores”, disse Renan Filho após participar da apresentação da Pesquisa CNT de Rodovias, na quarta-feira, dia 29.
A pesquisa divulgada indica que 67,5% das rodovias brasileiras têm sua extensão classificada como regular, ruim ou péssima, enquanto 32,5% foram classificadas como ótima ou boa.
“Os percentuais demonstram uma relativa estabilidade no estado geral da malha rodoviária brasileira, em comparação com os resultados do ano passado, que apresentavam, respectivamente, 66% e 34% para os mesmos níveis de classificação”, avaliou a CNT.
Esta é a 26ª Pesquisa CNT de Rodovias, O levantamento deste ano avaliou 111.502 quilômetros de rodovias pavimentadas, o número corresponde a 67.659 quilômetros da malha federal e a 43.843 quilômetros dos principais trechos estaduais.
Em 2023, 56,8% do pavimento, 63,4% da sinalização e 66% da geometria dessas vias foram avaliados como regular, ruim e péssima, percentuais que também ficaram próximos aos registrados no ano passado: 55,5%, 60,7%, 63,9%, respectivamente.
A CNT defende a necessidade da continuidade de investimentos em infraestrutura para viabilizar a reconstrução, restauração e a manutenção das rodovias. A Confederação reforçou que as aplicações podem diminuir no próximo ano.
“Os investimentos em infraestruturas, no Ploa (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2024, sofreram uma redução de 4,5% no volume de recursos para o setor em relação ao autorizado no orçamento para infraestrutura de transporte em 2023. Diante desse cenário, a CNT trabalha para viabilizar um aumento na dotação, por meio de emendas para intervenções prioritárias em 2024, em consonância com as prioridades do transporte e da logística do país”, afirmou em nota a CNT.
No entanto, para o Dnit, os cerca de 61 mil quilômetros que compõem a malha federal pavimentada atingiram o melhor índice de qualidade dos últimos cinco anos. O Índice de Condição de Manutenção (ICM) de outubro mostra que 65% das rodovias federais estão em bom estado. A atual gestão assumiu com 52%.