Região Sudeste
Morre aos 90 anos o empresário José Roberto França de Mesquita
Ele se destacou em Santos, à frente da tradicional empresa Mesquita e na atuação em entidades dos setores aduaneiro, de transportes e logística
Morreu no domingo, dia 21, o empresário José Roberto França de Mesquita. Figura atuante nos setores aduaneiro, de transporte e logística na cidade de Santos (SP), ele tinha 90 anos e faleceu de causas naturais.
O velório será realizado nesta segunda-feira, dia 22, a partir das 9 horas, no Salão Nobre da Memorial Necrópole Ecumênica. A cremação ocorrerá às 14 horas.
José Roberto comandou ao lado do irmão a Mesquita SA Transportes e Serviços. Fundada em 1926, era uma empresa de sucesso quando foi adquirida em 2007 pela Santos Brasil por R$ 95 milhões. Possuía áreas alfandegadas próprias em Santos e Guarujá, no litoral, um centro de distribuição em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, e uma frota própria de 100 caminhões.
“Ele sempre nos transmitiu muita força e dedicação para o trabalho”, disse a filha Lúcia Mesquita Roma, destacando a participação ativa do pai na constituição de entidades da classe. Mesquita foi o primeiro presidente da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC), de 1976 a 1977. Foi também diretor do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan). Além disso, sua empresa atuou na fundação da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra).
Era viúvo de Gilda Nogueira Ratto Mesquita e deixa os filhos Heloísa, Lúcia, Beatriz, José Roberto, José Luís e Silvia (já falecida).
Gratidão
Presidente do Conselho Nacional do Brasil Export, José Roberto Campos acompanhou de perto a trajetória profissional de José Roberto França de Mesquita. A pedido do BE News, deu um depoimento emocionado sobre o amigo. Leia na íntegra:
“Faleceu hoje uma pessoa que, durante toda a minha vida profissional, foi um verdadeiro pai. Ele, com seu gênio bastante forte, me pôs na linha, me mostrou o que era seguir ordens e aprender a fazer com que os demais também acreditassem. Uma pessoa que, durante a sua vida, com uma família maravilhosa, uma esposa que já nos deixou há algum tempo, filhos muito trabalhadores que continuaram aquilo que o seu pai criou, explorou e cresceu na sua atividade de despachante aduaneiro, de uma empresa de transporte, de logística. Que criou o primeiro terminal retroportuário alfandegado e outras inovações que ele, com braço forte, implantou e fez dar excelentes resultados. É um amigo que se vai. Não vai para distante, não. Estará sempre olhando por nós, pela família que ele sempre tratou maravilhosamente bem, e aos amigos por quem sempre teve grande respeito e muita vontade de fazer com que todos prosperassem. Eu só tenho que agradecer tudo aquilo que ele fez pela minha vida e por ter me ensinado a chegar até onde eu cheguei. Vá com Deus, meu amigo. Sua Gilda o espera. Sejam felizes”.