Operação com celulose aumentou no primeiro semestre (crédito: SPA)
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Movimento de cargas em portos tem queda de 3,3%
Levantamento da Antaq aponta que complexos públicos e terminais privados operaram 581,3 milhões de toneladas no primeiro semestre
O sistema portuário nacional, que reúne os portos públicos e os terminais de uso privado (TUP) do Brasil, movimentou 581,3 milhões de toneladas no primeiro semestre do ano, registrando uma queda de 3,3% em relação ao mesmo período de 2021. A última redução contabilizada no acumulado dos primeiros seis meses do ano foi em 2019, quando houve uma diminuição de 2,9%. Os dados foram divulgados na manhã de ontem, em Brasília, pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq, o órgão regulador do setor).
Segundo a Antaq, essa retração foi causada, entre outros fatores, pelo lockdown imposto pelo Governo da China em complexos marítimos do país e pelo desaquecimento da economia global – ainda impactada por alguns surtos. “Este ano, o primeiro semestre está fechando com um pequeno decréscimo que entendemos que ocorre principalmente em função dos problemas ocorridos nas China, em função de ‘lockdown’, de fechamento de indústrias, de portos. Isso impactou nas movimentações de granel sólido mineral e vegetal”, explicou o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery.
Outras cargas que puxaram a queda de movimentação foram o minério de ferro (-6,4%), a soja (-11,2%) e o petróleo (-5,6%), reduzindo as operações de granéis. O granel sólido registrou uma diminuição de 4,4%, o líquido, 4,5%, e os contêineres, 4,4%. A única alta foi observada na carga geral, de 18,6%, impulsionada pela celulose.
A Antaq projeta fechar o ano com uma leve queda de 0,2% na movimentação, que deve chegar a 1,212 bilhão de toneladas. No ano passado, foram 1,214 bilhão de toneladas. De acordo com a agência, para esse resultado, é esperado que haja uma recuperação nas operações deste segundo semestre, que somariam 631 milhões de toneladas.