Movimento pelo Sim ganha adesão de mais players importantes do setor

Presidentes da APS e do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral de SP apoiam iniciativa

O Movimento pelo Sim, lançado pelo Grupo Brasil Export em maio com o objetivo de pressionar o poder público para solucionar os gargalos mais críticos do setor de infraestrutura, continua conquistando a adesão de importantes players. Dois deles manifestaram apoio nesta semana: o presidente da Autoridade Portuária de Santos, APS, Anderson Pomini, e o diretor-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan), André Neiva.

Ao BE News, Pomini reforçou a necessidade de investimentos em obras estratégicas, importantes para melhorar a logística do comércio exterior brasileiro, especialmente reduzir seu custo. “O Porto de Santos apoia a iniciativa do Movimento pelo Sim. Temos de pressionar para termos as obras que tanto precisamos, como a nova rodovia ligando o Planalto (Grande São Paulo) ao Porto de Santos e o túnel entre Santos e Guarujá”, declarou o presidente.

Neiva também garantiu o apoio dos transportadores rodoviários ao Movimento pelo Sim. “Conte conosco. Precisamos estar unidos para lutar por essas obras e projetos”, afirmou.

Os presidentes da APS e do Sindisan participaram na última quarta-feira, dia 20, em São Paulo, de um workshop para debater uma nova ligação terrestre entre o Planalto e a região da Baixada Santista, no litoral do Estado. Dois meses atrás, durante o Santos Export – Fórum Regional de Logística, Infraestrutura e Transportes, sugeriu-se a criação de um Movimento pelo Sim, motivada justamente pela falta de soluções para os gargalos que afetam o Porto de Santos.

“A gente não tem de concreto a terceira via (rodovia) de ligação Planalto-Baixada (Santista). A gente não tem de concreto o início dos investimentos na Fips (Ferrovia Interna do Porto de Santos). Então, aqui fica essa proposta para que a gente aja”, disse à época Ricardo Molitzas, presidente do Conselho do Santos Export e diretor-executivo do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp).

Na ocasião, Molitzas citou uma declaração dada no mesmo evento pelo secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Jorge Lima, de que governos funcionam com pressão.

“Se nós não fizermos uma pressão maior nesse assunto, no ano de 2024 nós vamos estar aqui de novo discutindo que o Porto chegou a 180 milhões (de toneladas de cargas). E nós vamos estar discutindo a entrada de Santos, a dragagem do canal do Porto, a ferrovia…”, destacou o dirigente do Sopesp.

Expansão

Em pouco tempo o Movimento pelo Sim ganhou força e começou a se expandir. No dia 23 de maio, cerca de uma semana depois da realização do Santos Export, o Brasil Export anunciava que entraria em contato com representantes de associações empresariais, grandes companhias e órgãos públicos, a fim de apresentar a iniciativa e obter o apoio dos principais agentes econômicos de todo o Brasil.

A Carta do Movimento pelo Sim, assinada pelo CEO do Brasil Export, Fabrício Julião, e publicada na edição do BE News daquele dia 23, justificava a necessidade de uma ação em nível nacional, uma vez que os desafios enfrentados pelo Porto de Santos “se repetem em vários outros corredores logísticos do Brasil, afetando os diversos modais e inúmeros setores da economia”.

“Foi neste contexto que o Brasil Export lançou o Movimento pelo Sim. Sim ao investimento. Sim às obras. Sim à solução dos gargalos logísticos. Sim ao desenvolvimento. Sim ao crescimento econômico”, diz outro trecho da carta.

No dia 19 de junho, em João Pessoa (PB), Fabrício Julião anunciou durante a abertura do Nordeste Export a criação do Movimento Pelo Sim para o Nordeste. O objetivo era juntar atores importantes para cobrar de autoridades melhorias necessárias para a região.

“Fizemos esse lançamento através do Santos Export, do Movimento Pelo Sim. E vou replicar aqui para o Nordeste. Precisamos trazer o Movimento Pelo Sim para o Nordeste. Sim pelo desenvolvimento, sim pela geração de empregos, sim pelas oportunidades, sim pela relação com autoridades para destravar grandes empreendimentos que, neste momento, precisam e necessitam dessa atenção. Este movimento, iniciado em Santos, gostaria que a sociedade civil, todas as entidades, pudessem a partir de agora apoiar”.