Os especialistas debateram o desenvolvimento de novos negócios e a criação de corredores logísticos inteligentes durante o Fórum Regional Norte Export 2024, que aconteceu em Palmas, no Tocantins, entre essa segunda e terça-feira (23). Foto: Grupo Brasil Export
Norte Export
Mudanças em curso no setor logístico serão transformadoras, dizem especialistas
Para eles, corredores logísticos inteligentes são componentes cruciais para impulsionar a eficiência econômica e a competitividade no mercado global
Representantes do setor privado defendem que as mudanças em curso no setor logístico brasileiro, em especial nas ferrovias, até 2030, serão transformadores para o desenvolvimento brasileiro. Os especialistas debateram o desenvolvimento de novos negócios e a criação de corredores logísticos inteligentes durante o Fórum Regional Norte Export 2024, que aconteceu em Palmas, no Tocantins, entre essa segunda e terça-feira (23).
Para eles, corredores logísticos inteligentes são componentes cruciais para impulsionar a eficiência econômica e a competitividade no mercado global.
O painel teve mediação do diretor-geral da Rede BE News, Leopoldo Figueiredo. Participaram o secretário de Indústria, Comércio e Serviços do Tocantins, Carlos Humberto Lima; o presidente da Granel Química do Brasil, Edson Souki; o vice-presidente executivo da Ultracargo, Helano Gomes; o sócio da Dix Aeroportos e da Agemar Transportes e Empreendimentos, Manoel Ferreira; e o diretor de Relações Institucionais da Energisa Tocantins, Alankardek Ferreira Moreira.
“A chegada das ferrovias ligando a região norte com as outras vai ser um marco para o país e nos leva a outro patamar logístico”, afirma Edson Souki. Segundo ele, os investimentos em ferrovias levarão o Brasil a um novo período de industrialização, e consequentemente a evolução do padrão de vida da população. Ele menciona que a ligação leste-oeste, do litoral ao interior, será crucial.
A Ferrovia Transnordestina, citada como exemplo, é projetada para ligar o Porto do Pecém, no Ceará, e o Porto de Suape, em Pernambuco, até o cerrado do Piauí, no município de Eliseu Martins, com extensão total de 1.753 km. No futuro se conectará com a ferrovia Norte-Sul em Porto Franco.
Investimentos
O vice-presidente executivo da Ultracargo, Helano Gomes, afirmou que o setor privado também acompanha os desenvolvimentos ferroviários com boas perspectivas.
Segundo ele, como exemplo, está a criação de um terminal da Ultracargo em Palmeirante, com início de operações em 2025. “Esse investimento foi possível porque, com a ferrovia, vamos interligar o Porto do Itaqui ao Tocantins. Isso trará combustível com mais eficiência para atender não só o Tocantins, mas também Maranhão e Pará”, disse.
Gomes concluiu sua fala ressaltando que a eficiência deve andar junto com outros modais quando o assunto é investimento no setor. “Não podemos perder a eficiência por conta das adversidades dos outros modais”.