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O presidente da APS, Anderson Pomini, apresentou aos jornalistas um balanço da atual gestão e um prognóstico futuro das ações, obras de infraestrutura e investimentos previstosCrédito: Divulgação/APS

Região Sudeste

“Não estamos convencidos da necessidade do STS 10”, diz Pomini

Atualizado em: 18 de novembro de 2023 às 10:57
Cássio Lyra Enviar e-mail para o Autor

Presidente do Porto de Santos detalhou série de iniciativas para a movimentação de contêineres

O diretor-presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, afirmou que, no presente momento, a atual diretoria que administra o porto paulista não está convencida da necessidade do STS 10, área disponibilizada na margem direita para a movimentação de contêineres. Na sexta-feira (17), Pomini revelou que os planos de expansão previstos para os próximos anos vão atender a demanda da operação de contêineres.

A Autoridade Portuária de Santos convidou jornalistas para uma coletiva, na qual a atual gestão fez um balanço e um prognóstico futuro das ações, obras de infraestrutura e investimentos previstos para iniciar em 2024.

A partir da retomada da autonomia de gestão para a Autoridade Portuária, um dos principais desafios teria a ver com o futuro do STS 10. Conforme disse ao BE News a secretária nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Mariana Pescatori,  a delegação do terminal ficaria a cargo da Autoridade Portuária.

“A nossa tendência é ampliar a nossa capacidade de movimentação. Hoje, não estamos convencidos da necessidade do STS 10”, disse Pomini.

Ao se justificar, o presidente do Porto de Santos elencou uma série de iniciativas previstas no plano de ações da Autoridade Portuária, que prevê o aumento da capacidade de movimentação de contêineres.

“Estudos e levantamentos apontam que se nós não fizéssemos nada, o Porto de Santos teria condições de atender à demanda da movimentação de contêineres até 2030. Mas nós vamos fazer. Faremos um adensamento de uma área no terminal da Santos Brasil e a capacidade será majorada para mais 1 milhão de contêineres”, revelou.

Além da Santos Brasil, uma vez que a APS e a Brasil Terminal Portuário (BTP) finalizarem o trâmite burocrático para renovação do contrato de arrendamento, parte da área do STS 10 será utilizada para adensamento das operações da BTP. Segundo Pomini, essas duas ações no porto já irão representar um aumento de 2,5 milhões de contêineres  movimentados no cais santista.

A destinação do STS 10 para a movimentação de contêineres é uma demanda dos caminhoneiros, que querem continuar fazendo o transporte de carga até o porto. O presidente afirmou que a categoria está a par do posicionamento da Autoridade Portuária e também dos projetos.

“Se nós tivéssemos o STS 10 funcionando hoje, de acordo com o cronograma de anos atrás, a cidade estaria absolutamente parada, porque não temos logística para o transporte de entrada e saída de mais caminhões, além dos 12 a 15 mil que recebemos todos os dias na margem direita”, comentou Pomini.

Além disso, a APS ainda planeja a transferência do Terminal de Passageiros, o Concais, para a área, saindo da região do Outeirinhos. “A briga é constante por metro quadrado. O operador de grãos quer mais área, mas não quer ceder para quem opera o turismo de passageiros. E ele concorre diretamente com aquele que opera contêineres. Nossa função é calibrar os interesses”.

Ecoporto

Anderson Pomini disse que o Porto de Santos tem interesse em fazer mais uma renovação de contrato de forma temporária, por mais seis meses, com a Ecoporto.

“A tendência é que possamos estender esse prazo para que o Porto de Santos possa analisar em mais seis meses o programa de investimentos apresentado pela Ecoporto”, disse.

R$ 7 bi em investimentos

A apresentação de Pomini mostrou que em 2024, considerado “o ano das obras” pela Autoridade Portuária de Santos, as providências e obrigações contarão com investimentos na ordem de R$ 7 bilhões. Se destacam entre as melhorias as revitalizações das perimetrais das duas margens do porto; instalação do sistema de monitoramento por imagens (VTMIS); reforma do cais da Ilha Barnabé e o túnel submerso entre Santos e Guarujá.

Além disso, no ano que vem a APS espera concluir o aprofundamento dos berços de atracação entre os armazéns 12A e 21. Segundo o cronograma apresentado, os serviços de dragagem de aprofundamento terão a duração de três meses, começando em dezembro deste ano.

O aprofundamento do canal de acesso do Porto de Santos para 16 metros, também constado na lista de prioridades da APS, passará por uma série de burocracias no ano que vem, com o início das obras previsto para junho de 2025.

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