Não há como Banco Central segurar mais a queda de juros, diz França

Ministro de Portos e Aeroportos defende que o corte na taxa Selic impulsiona a economia e ajuda o Governo a ter folga no orçamento

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, reiterou o discurso do Palácio do Planalto sobre o corte na taxa básica de juros feito pelo Banco Central. Para ele, o Brasil já reúne condições necessárias para redução da taxa Selic, atualmente fixada em 13,75%.

França discursou ontem (18) na cerimônia da oitava edição do prêmio Aviação Mais Brasil, em Brasília. “Em todos os números que vocês estão acompanhando, da semana passada, vocês percebem que mesmo com a insistência equivocada de algumas pessoas que estão em cargos importantes não há como segurar a queda do juro porque a possibilidade de corte está evidente. Todos os números mostram isso”, disse.

O ministro defendeu que o corte de juros impulsiona a economia e ajuda o Governo a ter folga no orçamento. “Tenho dito que a cada 1% de juros que o Banco Central reduz nós estamos falando em R$ 70 bilhões a mais no Orçamento da União. Isso faz uma diferença enorme”, justificou.

“Para se ter uma noção, 2% de redução (dos juros) significaria o fim do déficit deste ano, e o fim do déficit deste ano significaria muito mais queda de juro. Então,o país inteiro está animado para que eles desatem esse nó”, finalizou França.

O chefe da pasta de Portos e Aeroportos também opinou que o escalão de ministros do terceiro mandato do presidente Lula é “de qualidade” e com “muita gente experiente”. Para ele, os ministros reúnem apoio no Congresso para aprovar textos importantes como o arcabouço fiscal e a reforma tributária.