Segundo o diretor institucional da Frenlogi, Edinho Bez, o possível novo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que só fala sobre o assunto depois da posseCrédito: Sergio Almeida/Câmara dos Deputados
Nacional
“Não há razão para se preocupar agora”, diz membro da Frenlogi
Edinho Bez disse ter conversado com possível substituto de Márcio França. Mesmo assim representantes do setor revelam temor
O diretor institucional da Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura (Frenlogi), ex-deputado federal Edinho Bez, afirmou ao portal BE News que no momento “não há razão para se preocupar agora” sobre as trocas na estrutura do Ministério de Portos e Aeroportos, com a iminente substituição do ministro Márcio França pelo deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos/PE).
Edinho disse que chegou a conversar com Silvio Costa Filho sobre as mudanças na pasta, mas o possível novo ministro afirmou que só fala sobre o assunto depois da posse e que no momento “não tem o que dizer; só esperar a posse”.
O Ministério de Portos e Aeroportos entrou na mira do Governo Federal, que busca abrigar as siglas Republicanos e Progressistas na Esplanada dos Ministérios em busca do apoio político delas nas votações no Congresso Nacional.
O parlamentar pernambucano estava na expectativa de receber a nomeação até a última sexta-feira, dia 18, mas as modificações nessa e em outras pastas ficaram para a próxima segunda-feira, dia 28, após a viagem internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à África, que começou no domingo, dia 20.
Perspectivas
Entidades e representantes do setor temem que as mudanças no Ministério de Portos e Aeroportos desestabilizem os investimentos no setor portuário. Alguns chegam a afirmar que os últimos meses de 2023 podem ser perdidos com as modificações na pasta.
Uma das principais demandas do setor é a continuação do Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto), que está sendo articulada pelo Ministério de Portos e Aeroportos com o Governo e o Congresso Nacional. A intenção é enviar uma Medida Provisória para o parlamento ou inserir as mudanças na discussão da Reforma Tributária que está no Senado e garantir o benefício até 2027.
“Não temos o que fazer. Lamentamos perder o Márcio França em busca desse apoio político. Vai entrar um político que, com todo respeito, não tem experiência”, disse um dos representantes do setor que preferiu não se identificar.