Navio consegue atracar no Super Terminais com carga para a ZFM

Terminal de Manaus estava há mais de um mês sem receber contêineres devido à seca na região amazônica

Após 32 dias sem movimentar cargas, devido à seca que atinge a região amazônica, o Super Terminais, equipamento privado que opera no Porto de Manaus (AM), retomou suas operações na noite deste sábado (21), com a atracação do navio Izmir, da armadora MSC, que trouxe carga para as indústrias da Zona Franca de Manaus (ZFM).

A embarcação tem capacidade para transportar mil contêineres, mas chegou com 137 (10% da capacidade), em uma estratégia para conseguir manter a navegação mesmo com os níveis dos rios muito baixos.

O planejamento deu certo e os contêineres foram descarregados com insumos importados que darão suporte à produção das fábricas da Zona Franca de Manaus. Ao partir, o navio vai levar 172 contêineres destinados à exportação. Novas operações nestes moldes estão previstas para os próximos dias.

Um mês

Na terça-feira passada, dia 17, o diretor da Super Terminais, Marcello Di Gregorio, falou sobre a falta de embarcações no Terminal de Uso Privado (TUP) de Manaus durante painel do Encontro Nacional de Autoridades Portuárias e Hidroviárias (Enaph). O evento fez parte da programação do fórum Brasil Export, realizado em Brasília.

Na ocasião, Di Gregorio disse que a Super Terminais estava há 28 dias sem receber um contêiner devido à seca dos rios navegáveis da região amazônica. E a previsão era de que novos contêineres só chegariam em 11 ou 12 dias graças à ajuda do terminal da Santos Brasil em Vila do Conde (PA).

“Temos falado direto com a Santos Brasil, agradecemos a ajuda, mas somente isso não é suficiente. No puro achismo, acredito que entre a última quinzena de novembro e a primeira quinzena de dezembro devemos ter rio navegável de novo para receber navios de volta”, comentou.

Apoio

O terminal de contêineres (Tecon) de Vila do Conde vem dando apoio às empresas de navegação que estão com dificuldade de trafegar pelo rio Amazonas. O equipamento operado pela Santos Brasil passou a ser ponto de parada de navios de cabotagem e longo curso com destino a Manaus e que precisam reduzir o peso para navegar com segurança até o destino.

A carga descarregada no Tecon é embarcada em barcaças (embarcação com fundo chato), que têm pouca restrição de navegação, e segue também para a capital amazonense. No retorno, a mesma operação acontece.