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A embarcação se encontra na área de fundeio do Porto de Santos, segundo informou a Autoridade Portuária (crédito: Reprodução/Marine Traffic)

Região Sudeste

Varíola dos macacos: navio é impedido de atracar em Santos

6 de agosto de 2022 às 8:00
Bárbara Farias Enviar e-mail para o Autor

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desautorizou a entrada da embarcação Captain John P após suspeita de incidência da doença entre os tripulantes

O navio MV Captain John P foi impedido de atracar no Porto de Santos devido à suspeita de casos de monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos, entre os tripulantes. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desautorizou a entrada da embarcação de bandeira do Chipre, que veio do Porto de San Lorenzo, na Argentina. 

Em nota, a Santos Port Authority (SPA) respondeu que foi informada sobre a suspeita pela agência reguladora. “A embarcação encontra-se na área de fundeio, não estando, neste momento, autorizada a atracar ou operar por parte da Anvisa. A SPA seguirá as orientações da autoridade sanitária em relação à prevenção do contágio”, informou a Autoridade Portuária.

O BE News procurou a Anvisa para mais esclarecimentos sobre o caso, mas a agência não retornou com as informações até o fechamento desta edição. 

Monkeypox 

Segundo informa o site oficial da Anvisa, a monkeypox, ou varíola dos macacos, é uma doença causada pelo vírus Monkeypox do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Apesar do nome popular, é importante destacar que os macacos não são reservatórios, ou seja, não são capazes de permitir que o vírus da varíola viva e se multiplique em seus organismos. Embora o reservatório seja desconhecido, os principais candidatos são pequenos roedores (como esquilos, por exemplo) nas florestas tropicais da África, principalmente na África Ocidental e Central. 

A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. A erupção geralmente se desenvolve pelo rosto e depois se espalha para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu alerta sobre casos da doença em países não endêmicos. Dessa forma, em 23 de maio deste ano foi ativada a Sala de Situação de Monkeypox, na Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, para coordenar a resposta aos casos prováveis da doença no país e organizar as ações relacionadas à vigilância e à assistência à saúde. 

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