Acredita-se que o navio São Luiz se deslocou por aproximadamente 1 quilômetro até atingir a Ponte Rio-Niterói (Reprodução)
Região Sudeste
Navio São Luiz está atracado no Porto do Rio de Janeiro
O graneleiro, que colidiu contra a ponte Rio-Niterói na noite de segunda-feira (14), está ancorado entre os armazéns 13 e 14
O navio São Luiz, que colidiu contra a ponte Rio-Niterói, por volta das 18 horas de segunda-feira (14), encontra-se ancorado entre os armazéns 13 e 14, no Porto do Rio de Janeiro (RJ). O reboque da embarcação, que pertence à Navegação Mansur, foi providenciado pela Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), logo após a colisão. Não houve feridos, pois o navio estava vazio. A Marinha investiga o acidente.
Segundo nota oficial divulgada pela Autoridade Portuária, o graneleiro, que estava fundeado na Baía de Guanabara desde 2016, na área 2F06, “se movimentou em direção aos pilares da ponte Rio-Niterói por causa de rompimento do sistema de fundeio, devido à forte ventania que atingiu a região”.
“Após constatar a movimentação da embarcação, a CDRJ, imediatamente, acionou rebocadores para conter e rebocar o navio; a Capitania dos Portos para ciência e providências cabíveis; e a Ecoponte para interromper o trânsito até a regularização”, esclareceu a companhia.
Após a colisão na noite de segunda-feira (14), a ponte foi fechada em ambos os sentidos, por volta das 18h25, e liberada às 21h33.
No momento do acidente, de acordo com o Alerta Rio, ventos fortes foram registrados nos aeroportos do Galeão (57,4 km/h) e Santos Dummont (53,7km).
O navio São Luiz tem 200 metros de comprimento por 30 metros de largura e estava fundeado próximo à Ilha do Governador, preso a uma âncora de 7,5 toneladas. Acredita-se que o navio se deslocou por aproximadamente 1 quilômetro até atingir a ponte.
Segundo informações, o graneleiro está vazio desde 2018, quando deixou de ser tripulado por marítimos da empresa Navegação Mansur. O São Luiz já chegou a transportar 42 mil toneladas de carga.
A embarcação pertence à Navegação Mansur, fundada pelo pioneiro do setor em São Francisco de Itabapoana, Simão Mansur, ex-deputado estadual pelo Rio de Janeiro e que chegou a ser vice-governador nos anos 1960. Entretanto, uma disputa judicial impede o uso da embarcação.
A batida foi entre os pórticos 11 e 12, no lado de dentro da baía, ou seja, na pista sentido Niterói-Rio. Técnicos da Ecoponte, concessionária que administra a via, vistoriaram o local do acidente para analisar se a estrutura ficou danificada. O guarda corpo da ponte foi atingido pela torre de exaustão, mas o tráfego na rodovia foi liberado após avaliação de engenheiros.
Em nota, a Marinha do Brasil informou que abriu inquérito para investigar as causas do acidente. “A destinação da embarcação São Luiz é objeto de processo judicial. Enquanto aguarda a decisão judicial, a embarcação permanecia fundeada em local predefinido pela Autoridade Marítima, na Baía da Guanabara, desde fevereiro de 2016, sem oferecer riscos à navegação. Um Inquérito sobre Acidentes e Fatos de Navegação (IAFN) será instaurado para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente”, informou.