Governo de SP autorizou a concessionária Ecovias a realizar os estudos de viabilidade da 3a pista da Rodovia dos Imigrantes (Foto: Divulgação)
Região Sudeste
Nova pista da Imigrantes deverá ser concluída em meados de 2030
Rafael Benini afirmou que Governo terá já de pensar novo projeto entre Planalto e Baixada
O secretário de Parcerias em Investimentos do Estado de São Paulo, Rafael Benini, revelou que a expectativa de entrega da 3ª pista da Rodovia dos Imigrantes, que liga o Planalto à região da Baixada Santista, aconteça em meados de 2030. Além disso, ainda de acordo com o secretário, será preciso pensar em um projeto para um novo sistema viário entre o litoral e a Capital.
O Governo do Estado, através da pasta de Parcerias em Investimentos, autorizou à concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), a Ecovias, no início do ano, para começar os estudos para elaboração do projeto executivo da obra viária.
Durante o evento de lançamento da Frente Parlamentar da 3ª pista do Sistema Anchieta-Imigrantes, promovido pela Assembleia Legislativa (Alesp) e realizado na sede da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos (AEAS), Benini adiantou os próximos passos referentes à obra.
“O pedido do Governo do Estado à concessionária para implantação do projeto executivo. São dois anos desse processo, então deve ficar pronto no começo de 2026. Depois, teremos negociações do termo aditivo, como vamos pagar a obra. Em 4 anos a obra fica pronta. Então, em meados de 2030 devemos ter essa obra pronta”, comentou o secretário.
De acordo com Benini, a nova implantação de ligação rodoviária entre Planalto e Baixada servirá para dar uma maior flexibilidade à logística dos veículos que acessam o Sistema Anchieta-Imigrantes, principalmente para os caminhões, que terão um novo acesso para chegar ao Porto de Santos, o maior do país.
“Vamos precisar de uma alocação de dinheiro no orçamento para execução do projeto executivo, que deve custar dezenas de milhões de reais. Nós estamos falando em maior flexibilidade. Primeiro, na logística com mais uma descida para os caminhões, que só podem descer pela Anchieta. O sistema funciona sob stress, mas quando se tem acidentes, ela trava de uma maneira em que se fica horas parado. Com a nova pista, vai melhorar muito a fluidez”, pontuou.
Com a elaboração do projeto e prazos previamente definidos, o Governo do Estado acredita que novas ligações rodoviárias serão necessárias.
“Importante dizer, que essa obra não é o fim. A gente precisa pensar na próxima (ligação rodoviária). É uma obra que já deveria ter acontecido, que estamos tentando fazer agora, e temos que pensar já no próximo projeto. Essa obra não vai resolver todo o problema da Baixada”, completou.
Durante o evento, membros da diretoria da AEAS e do Instituto de Engenharia levantaram o tema para recuperação do projeto da chamada Via Verde, um novo viário a partir do município de Suzano, com conexões ao Rodoanel Leste, na Capital, e com a Cônego Domênico Rangoni, visando atender os terminais da margem esquerda.
O diretor-geral de concessões da EcoRodovias, Rui Klein, fez uma apresentação de como a concessionária vai trabalhar para a execução do projeto. Segundo o executivo, o traçado ainda não foi definido, mas espera-se que o novo viário seja reversível, podendo atender tanto a subida quanto a descida de cargas para o Porto de Santos.
“A vocação que a gente imagina nos dois sentidos é que seja reversível, para que atenda bem o balanceamento do sistema. Esse é o nosso intuito e os estudos vão validar isso. Para que a gente possa descer as cargas e também levá-las até o planalto, combinando com os volumes de veraneio durante os feriados”, explicou.
Ainda de acordo com Rui Klein, a ideia é que o novo viário saia do topo da Serra até a Interligação na Baixada, entre Santos e Cubatão, com possíveis acessos diretos à margem esquerda, pela Cônego Domênico Rangoni.
O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, revelou os planos de expansão do complexo marítimo, que vão de encontro à necessidade de melhores acessos para chegada e saída de cargas.
“De nada adianta o Porto de Santos investir em obras de infraestrutura se não tiver condições e modais adequados para escoarmos os produtos para o interior do estado e do país. Essa terceira pista chega, pelo menos em seu início, em excelente hora”, explicou.