A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, visitou o Estado e ressaltou que o Acre é diretamente beneficiado pela Quadrante Rondon, que proporciona uma rota para o Pacífico através dos portos do Peru. Divulgação
Comércio exterior
Nova rota para exportação via região Norte fica pronta em 2026
Rota Quadrante Rondon, no Acre, vai expandir exportação brasileira à Ásia
A Rota Quadrante Rondon, fundamental para conectar o Norte brasileiro aos portos do Peru, através do Acre, ficará pronta até 2026, segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento.
A rota é formada pelos estados do Acre e Rondônia e por toda a porção oeste de Mato Grosso, conectada com Bolívia e Peru. Faz parte das cinco rotas do projeto de Integração Sul-Americana, que envolvem todos os Estados que fazem fronteiras com outros países latinos.
A ideia é fortalecer e diminuir o tempo de exportação e importação de produtos principalmente para países da Ásia, cuja China é o maior comprador. A redução pode chegar a três semanas, segundo o ministério.
“Essas obras significam emprego, renda e produção para os acreanos. E as rotas que envolvem o Acre estarão prontas até final de 2026, com exceção da ponte em Rondônia”, afirmou a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, em visita ao Estado na última terça-feira (9).
O Acre é diretamente beneficiado pela Quadrante Rondon, que proporciona uma rota para o Pacífico através dos portos do Peru. Com nove obras relacionadas à integração previstas no Novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), o estado se torna parte crucial dessa iniciativa.
Em todo o País, são cinco rotas, que cortam 11 estados brasileiros. O projeto das rotas conta com recursos orçamentários no Brasil, além de US$ 10 bilhões disponibilizados pelo BNDES e bancos regionais de desenvolvimento. Esses fundos não só apoiam as obras no Brasil, mas também podem contribuir para projetos nos países sul-americanos, promovendo a cooperação regional.
Tebet também detalhou as três obras no Brasil e o porto de Chancay, no Peru (inauguração prevista para novembro), que tornarão a saída acreana para o Pacífico realidade.
O contorno de Brasiléia (cuja licitação deve ser lançada até o mês que vem), a conclusão de duas pontes na BR-245 (inauguração no segundo semestre) e a ponte de Guajará-Mirim, em Rondônia (já em processo de licitação) são obras do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
As duas primeiras somam R$ 24 milhões e a ponte representa um investimento federal de R$ 430 milhões. “Essas obras significam emprego, renda, produção para os acreanos. E as rotas que envolvem o Acre estarão prontas até final de 2026, com exceção da ponte em Rondônia”, disse a ministra.
Manaus
Em visita a Tabatinga, no Amazonas, na última terça-feira (9), a ministra Simone Tebet disse que rota multimodal Manta-Manaus está quase pronta. “Essa rota está quase pronta. O que falta para que ela possa ser uma alternativa para escoar produtos da Zona Franca e do Amazonas, é uma alfândega na cidade fronteiriça”, contou.
Tebet apresentou o projeto das cinco rotas Sul-Americanas e destacou que, ainda que a rota 2 faça a conexão entre Manaus e o porto de Manta, no Equador, o Amazonas também se beneficia das rotas 1 (saída para o Norte) e 3, que garante o acesso ao Porto de Chancay, no Peru. “Cada rota tem suas dificuldades e deficiências, mas são factíveis”, explicou a ministra.
“Estamos falando, nas rotas, de um conjunto de obras rodoviárias, ferroviárias, portos e aeroportos, mas também de fibra ótica, para melhorar o acesso á internet, e também de alfândega”, concluiu.
CONHEÇA AS CINCO ROTAS:
1) Rota da Ilha das Guianas, que inclui integralmente os estados de Amapá e Roraima e partes do território do Amazonas e do Pará, articulada com a Guiana, a Guiana Francesa, o Suriname e a Venezuela;
2) Rota Multimodal Manta-Manaus, contemplando inteiramente o estado Amazonas e partes dos territórios de Roraima, Pará e Amapá, interligada principalmente por via fluvial à Colômbia, Peru e Equador;
3) Rota do Quadrante Rondon, formado pelos estados do Acre e Rondônia e por toda a porção oeste de Mato Grosso, conectada com Bolívia e Peru;
4) Rota de Capricórnio, desde os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, ligada, por múltiplas vias, a Paraguai, Argentina e Chile; e
5) Rota Porto Alegre-Coquimbo, abrangendo o Rio Grande do Sul, integrada à Argentina, Uruguai e Chile.