Márcio França assumiu o compromisso de eliminar obstáculos políticos e jurídicos para o desenvolvimento dos setores portuário e aeroportuário (Crédito: Ricardo Botelho/Minfra)
Nacional
Objetivo do Governo é incentivar a aviação regional, diz Márcio França
Ministro de Portos e Aeroportos comenta meta do presidente Lula sobre a criação de novos 100 aeroportos no país
Fazer o Brasil se recuperar dos retrocessos e prosperar é o propósito do governo federal com a nova gestão presidencial. Como meta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que pretende construir 100 novos aeroportos em pequenos municípios no Brasil até o fim do seu terceiro mandato.
O anúncio, feito durante a segunda reunião do ano com os 27 governadores do país, lança o desafio para o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, que recebeu positivamente a determinação de Lula.
“É um desafio muito grande. Mas temos como objetivo conectar as regiões brasileiras por meio da aviação regional. Isso passa pela criação de novos aeroportos, mas também passa pelo incentivo a operações de low cost (baixo custo) no Brasil”, destaca o titular da pasta.
Ao portal BE News, o ministro enfatiza ainda que “com dois quilômetros de pista, é possível conectar uma região a qualquer lugar do mundo”.
Investimentos
Desde a sua nomeação, Márcio França tem reforçado o valor do setor aeroportuário, principalmente no desenvolvimento da aviação regional e na redução do preço das passagens.
Ele quer atrair investimentos e agilizar a implantação de novos empreendimentos pelo Brasil. Além disso, afirmou dar maior velocidade na análise de novos projetos, nos processos de renovação de contratos de concessão e no desenvolvimento de licitações.
“Temos de resolver essas questões burocráticas, que, muitas vezes, acabam represando investimentos privados”.
O ministro considera que “a maior parte dos problemas (em portos e aeroportos) é de questões jurídicas ou políticas”. Ele assumiu o compromisso de eliminar esses obstáculos para o desenvolvimento dos setores portuário e aeroportuário.
“Isso nós vamos resolver, quer seja no Executivo ou no Congresso, com alterações legais. Eu sou um resolvedor de problemas. Tragam um problema e eu apresentarei uma solução”.
Administração das novas pistas
Uma das possibilidades na construção das novas pistas dos 100 aeroportos é dividir a administração entre a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e empresas interessadas nas concessões de terminais dos municípios.
Essa divisão poderá fortalecer a Infraero, conforme Lula já anunciou que pretende investir no progresso da estatal. Márcio França afirmou o mesmo e disse ter o incentivo do presidente para adotar um novo modelo de aviação nacional e expandir o setor no Brasil.
“Esse é um formato que nós vamos incentivar para que o presidente Lula concorde com isso: que os aeroportos regionais com menor número de passageiros, com aviões menores, podem ser uma grande solução para facilitar a integração nacional. Hoje, nós ficamos vinculados a empresas tentarem lotar os grandes aviões, e naturalmente isso tem um limite. Por isso tem menos voos”.