As empresas informaram que a opção de abastecimento na Baía de São Marcos acabou atraindo navios que não tinham escala programada, mas passaram a planejar paradas na região exclusivamente pelo abastecimento. Divulgação Acelen
Porto do Itaqui
Operação inédita de abastecimento em fundeio se aproxima de 50 embarcações atendidas
Parceria entre empresas do ramo começou há três meses
A parceria entre a Bunker One e a Acelen para abastecimento de embarcações na área de fundeio da Baía de São Marcos (MA), no Porto do Itaqui, iniciada há três meses, projeta que até o fim de dezembro alcançará a marca de 50 cargueiros e petroleiros atendidos pela operação. A Bunker One comercializa os combustíveis marítimos (bunker) e a Acelen produz os combustíveis.
Para 2024, a expectativa das companhias é que os abastecimentos cresçam entre 40% e 50%, em uma estratégia alinhada com o potencial apresentado pelos terminais do complexo portuário.
Até o momento, esta é a única operação de fornecimento de bunker (combustível marítimo) em ancoragem externa do Brasil, o que otimiza o tempo de espera dos navios com redução de custos e taxas portuárias, além de não interferir nas operações de carga e descarga dos terminais.
As empresas também informaram que a opção de abastecimento na Baía de São Marcos acabou atraindo navios que não tinham escala programada, mas passaram a planejar paradas na região exclusivamente pelo abastecimento.
“Nossa parceria com a Acelen proporcionou a cobertura de uma área geográfica estratégica e com uma forma única de atuação. Estamos certos de que a demanda de abastecimento na região vai crescer de forma significativa no ano que vem”, disse Flavio Ribeiro, CEO da Bunker One Brasil.
“É importante destacar que a operação segue em regime permanente e em ascensão. Hoje, 15% de nossa produção está destinada para a Bunker One Brasil, e estamos buscando dobrar esse número”, afirmou Cristiano da Costa, vice-presidente Comercial, Trading e Shipping da Acelen.
Lidia Pfueger, presidente do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado do Maranhão (Syngamar), avaliou que nestes três primeiros meses de operação, já foi possível sentir mudanças positivas no entorno.
“A atividade portuária aumentou, trouxe novos negócios para as empresas que atuam no local, como agências marítimas e prestadoras de serviços, e gerou mais empregos. Percebemos que o número de contratações foi maior que nos últimos anos”, garantiu.