Só uma vida para aprender? É pouco!
Há quem diga que não morremos quando paramos de respirar, mas quando paramos de aprender, que só estamos filosoficamente vivos, enquanto aprendemos. Aprendemos algo novo todos os dias, desde que tenhamos os olhos e a mente abertos para observar o que ocorre à nossa volta. Observação, atenção e retenção.
“Estou sempre disposto a aprender, mas nem sempre gosto que me ensinem.”
Winston Churchill, no Parlamento Inglês em 4 de novembro de 1952”
Churchill foi uma das personalidades que definiram o Século XX. Se não fosse quem foi e agisse como agiu, que mundo teríamos hoje?
Por isso, em que pese sua conhecida personalidade forte, eu duvido que ele realmente não gostasse que lhe ensinassem algo. Mesmo um Líder inspirador e decidido como ele, não venceria a Segunda Guerra Mundial sem a valiosa contribuição de tantos e tantos à sua volta. Tendo falecido em 1965, aos 90 anos certamente teve tempo de continuar aprendendo, e quem sabe, repensado essa frase.
Há quem diga que não morremos quando paramos de respirar, mas quando paramos de aprender, que só estamos filosoficamente vivos, enquanto aprendemos.
Aprendemos algo novo todos os dias, desde que tenhamos os olhos e a mente abertos para observar o que ocorre à nossa volta. Observação, atenção e retenção.
Aprender sempre é uma característica tão natural para o ser humano, que acabou ganhando um nome específico: LIFELONG LEARNING, ou em (não tão bom) Português, aprender durante toda a vida. Quem me acompanha sabe que não vejo sentido em dar nome a algo que não precisa ser nomeado. Geralmente serve para que alguém venda livros e palestras tentando ensinar algo que intuitivamente já conhecemos e sabemos ser necessário.
Mas, como o nome existe, vamos usá-lo como referência, mirando no que importa de verdade que é conhecer e praticar o conceito.
Vamos considerar também, que num mundo em que novas tecnologias aparecem quase todos os dias – e são úteis – aprender constantemente torna-se uma questão de sobrevivência, mais do que tudo.
O Estudo, Futuro do Trabalho, patrocinado pela Revista Forbes, mostrou – já em 2023- que 23% das ocupações terão seu perfil alterado nos próximos anos, pela introdução de novas tecnologias, principalmente a Inteligência Artificial.
Dito isso, a primeira provocação que faço é: a tecnologia não vai roubar o seu emprego. A sua incapacidade de usá-las, sim.
A segunda provocação, algo que observo ao conversar diariamente, com inúmeras pessoas, chave em suas organizações, é: desaprender é mais difícil que aprender. Mas absolutamente necessário.
Não apenas para liberar espaço em seu hardware mental, mas para desfazer os conflitos entre o velho conceito e o novo. Se fossemos um computador ou um smartphone eu diria que é como desinstalar um aplicativo para dar lugar a outro, novo, melhor, que executará funções que o anterior não era capaz de atender.
Cuidado com a resistência ao novo. Avalie. Se a ideia serve para sua vida ou para sua carreira, use-a. Adapte, se for necessário, mas não deixe de usar apenas por um pré conceito ou por preguiça de avaliar. Aprender-desaprender- aprender novamente garante a empregabilidade, sob o ponto de vista de nossas carreiras e a produtividade sob o ponto de vista das organizações.
Perceba que esse ciclo sem fim que nos obriga a aprender constantemente, e a conviver com novas ideias, não deve afetar necessariamente a essência de quem somos.
Valores e princípios continuam lá, firmes e fortes. Se ocorrer o contrário, corremos o risco de termos uma personalidade em constante mutação, algo impossível de manejar, mesmo para aqueles mentalmente fortes.
No caso das Empresas, significaria imprimir à estrutura, uma revolução constante na Cultura Organizacional, processo que as Equipes teriam enorme dificuldade de absorver, ao invés de uma evolução tranquila e coerente, trazida pelas novas ideias.
Bem aplicado, falando para as organizações, o conceito de lifelong learning promove a retenção de talentos, otimização de processos de trabalho, itens que ajudam a construir um ambiente de trabalho melhor e, como consequência, melhores resultados.
Uma dica que deixo para aqueles que desejem aprofundar-se no assunto, sem tirar deles o prazer de buscar o aprendizado sozinhos, é: procure pela Pirâmide de Aprendizagem de William Glasser. Um spoiler das conclusões de Glasser: praticar o que se aprende e ensinar o que se aprendeu, são as melhores formas de evoluir continuamente.
Não é uma corrida de cem metros, mas uma maratona para a qual você deve estar pronto. Vamos?