quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
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Opinião

Editorial

A descarbonização como imperativo para o futuro

A formação da coalizão para promover a descarbonização do setor de transportes, com a participação de importantes atores como a Confederação Nacional do Transporte (CNT), o  Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável, do Insper, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e o Grupo CCR, é uma iniciativa promissora na busca por um futuro mais sustentável para o Brasil. Essa parceria foi oficializada nessa terça-feira, dia 26, em evento em Brasília. Ao unir forças, esses atores demonstram a compreensão de que a transição para uma economia de baixo carbono é um desafio que exige a colaboração de todos os segmentos da sociedade.

O setor de transportes, responsável por uma parcela significativa das emissões de gases de efeito estufa, tem um papel fundamental a desempenhar nessa transição. A iniciativa de elaborar um inventário de emissões de poluentes do setor rodoviário, promovida pela CNT, é um passo crucial para a definição de metas e ações concretas de redução dessas emissões.

A adesão do Tribunal de Contas da União (TCU) a essa agenda também é fundamental. Ao incorporar critérios de sustentabilidade em seus processos de avaliação, a Corte de Contas contribui para garantir que os investimentos em infraestrutura sejam realizados de forma responsável e com menor impacto ambiental.

A reforma tributária – mencionada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, em sua participação no evento de lançamento da coalizão, na terça-feira – pode ser um importante aliado nesse processo. Ao criar um ambiente de negócios mais previsível e seguro, a reforma pode estimular investimentos em tecnologias limpas e eficientes, acelerando a transição para um modelo de transporte mais sustentável.

No entanto, é preciso reconhecer que a descarbonização do setor de transportes é um desafio complexo que exigirá esforços de todos os atores envolvidos. O setor privado terá um papel fundamental na implementação de novas tecnologias e na adoção de práticas mais sustentáveis. O poder público, por sua vez, deverá criar políticas públicas que incentivem a transição para um modelo de transporte mais limpo e eficiente, investindo em infraestrutura, incentivando o uso de transportes públicos e não motorizados e promovendo a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias limpas.

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém em 2025, representa uma oportunidade única para o Brasil apresentar ao mundo suas ações e compromissos com a agenda climática. A apresentação do inventário de emissões de poluentes do setor rodoviário, juntamente com as propostas da coalizão, poderá fortalecer a posição do país como líder global na luta contra as mudanças climáticas.

Nesse cenário, a formação da coalizão para a descarbonização do setor de transportes é um sinal de que o Brasil está tomando medidas concretas para enfrentar um dos maiores desafios da atualidade. No entanto, é preciso que todos os atores envolvidos trabalhem em conjunto para que as metas estabelecidas sejam alcançadas. A descarbonização do setor de transportes é um imperativo para garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações.

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