A Iata e o preço das passagens aéreas no Brasil 

A recente iniciativa do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de convidar a Associação Internacional dos Transportes Aéreos (Iata) para integrar o grupo de trabalho (GT) que estudará a redução do preço do querosene de aviação (QAV), é um passo certo na busca por soluções para democratizar as tarifas das passagens aéreas no Brasil.

O combustível de aviação tem sido um componente significativo nos custos das companhias aéreas que atuam no Brasil, influenciando diretamente os preços dos bilhetes. A criação do GT pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) sinaliza uma abordagem proativa do Governo para lidar com essa questão crítica.

O convite à Iata, uma organização global que representa as principais companhias aéreas, mostra um compromisso em buscar soluções que beneficiem tanto as empresas do setor quanto os passageiros. A participação da Iata no GT traz uma perspectiva internacional que pode enriquecer as discussões e contribuir para a busca de alternativas eficazes.

A busca por medidas que tornem as passagens aéreas mais acessíveis é essencial para democratizar o acesso aos aeroportos brasileiros e revitalizar o setor. O ministro Alexandre Silveira destaca corretamente que o preço do combustível é um fator determinante nos custos e, consequentemente, nos preços das passagens.

Além da redução nos preços das passagens, a discussão sobre a produção de combustível sustentável de aviação é louvável. A busca por alternativas renováveis não apenas pode contribuir para reduzir os custos a longo prazo, mas também alinha o setor aéreo brasileiro com os objetivos globais de descarbonização.

A influência do preço do combustível nas tarifas aéreas é evidente nos números, com as passagens aéreas acumulando uma alta considerável no ano passado. A busca por soluções, não apenas para reduzir custos imediatos, mas também para promover práticas sustentáveis, é uma abordagem equilibrada.

Em um cenário em que a aviação desempenha um papel fundamental na conectividade do País e na indústria do turismo, ações que visam tornar esse meio de transporte mais eficiente e acessível são cruciais. O debate e as ações sobre a redução dos custos do transporte aéreo no Brasil não apenas beneficiarão a economia, mas também promoverão a mobilidade e impulsionarão setores estratégicos para o desenvolvimento nacional.