quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
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Opinião

Editorial

A importância da qualificação

Em entrevista exclusiva ao BE News, o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, do Ministério de Portos e Aeroportos, Fabrizio Pierdomenico, falou sobre o processo de indicação das novas diretorias das autoridades portuárias controladas diretamente pelo Governo Federal. Ele explicou a necessidade de composições políticas para a escolha desses executivos, mas destacou que “o mais interessante é que os indicados sejam técnicos. E isso eu tenho certeza de que o ministro Márcio França está olhando com lupa”.

Dada a complexidade do setor portuário, um segmento da economia que trabalha com questões de infraestrutura, comércio exterior, transporte de passageiros, logística e meio ambiente, para citar apenas algumas das áreas envolvidas, é evidente a necessidade de que as empresas que administram os portos tenham profissionais técnicos e experientes, referências do setor. Os desafios evoluem a cada dia e essas equipes devem estar preparadas para enfrentá-los.

Os portos desempenham um papel estratégico na economia nacional, tanto na movimentação de cargas pela nação como no escoamento de seu comércio exterior, principalmente suas exportações, que têm uma participação cada vez maior no desenvolvimento do País. E a direção das autoridades portuárias devem estar capacitadas para garantir o pleno funcionamento desses complexos marítimos, com alta eficiência e procurando constantemente reduzir os custos operacionais e ampliar a geração de riquezas. 

Ainda mais diante dos planos do Governo Lula, de recuperar a economia e reindustrializar o País, os portos podem dar impulsos importantes a esses dois projetos, diminuindo os gastos logísticos das mercadorias que embarcam ou desembarcam, assim como estruturar unidades industriais em suas retroáreas. E estas são ações que, para serem adotadas, vão demandar profissionais qualificados.

O histórico do mercado mostra que nem sempre essa preocupação com o perfil técnico desses executivos existiu. Já houve um presidente de uma autoridade portuária que, em sua posse, admitiu que não conhecia o setor, mas se esforçaria para aprender. Este cenário extremo, evidentemente, não pode se repetir. E diante das declarações do secretário nacional de Portos, isso não irá ocorrer. É o que espera o segmento, é do que precisa a economia, é o que demanda a sociedade brasileira.

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