quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
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Opinião

Editorial

A infraestrutura de transportes e as mudanças climáticas

A adaptação da infraestrutura de transportes para enfrentar os desafios das mudanças climáticas é uma necessidade premente. Os eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes, demandam uma resposta eficaz por parte do Governo para garantir a resiliência das malhas rodoviárias e ferroviárias, das hidrovias, dos portos e aeroportos do País. Esse cenário é destacado pelo próprio secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, em entrevista exclusiva ao BE News, publicada na edição deste final de semana, 11 e 12 de maio.

O próprio secretário-executivo aponta que os recentes desastres naturais no Rio Grande do Sul evidenciam a urgência dessa preparação. Com rodovias interrompidas e pontes danificadas, fica claro que a infraestrutura atual não está suficientemente equipada para lidar com as consequências das mudanças climáticas. A liberação de recursos para reparos emergenciais é apenas uma medida paliativa; é fundamental que haja um plano estratégico de longo prazo para fortalecer a resiliência das vias de transporte.

As infraestruturas mais resilientes são aquelas capazes de suportar condições climáticas adversas, como chuvas intensas e enchentes, sem comprometer sua operacionalidade. Isso requer investimentos em técnicas de engenharia adaptativa, como o reforço de rodovias em áreas vulneráveis e o desenvolvimento de sistemas de drenagem eficientes. Além disso, é essencial considerar medidas de mitigação, como o reflorestamento de áreas próximas às vias, que ajudam a reduzir o impacto de eventos climáticos extremos.

O Ministério dos Transportes tem um papel crucial nesse processo, coordenando esforços com as concessionárias e outras entidades envolvidas na gestão da infraestrutura de transporte. A destinação de recursos para a implementação de medidas de resiliência deve ser acompanhada por uma política pública abrangente, que promova a adaptação das malhas rodoviárias e ferroviárias às novas realidades climáticas.

É preciso agir com urgência e determinação para garantir que as vias de transporte do país estejam preparadas para enfrentar os desafios do futuro. Afinal, a resiliência da infraestrutura de transportes não é apenas uma questão de segurança e eficiência, mas também de garantia do desenvolvimento econômico e social do Brasil.

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