quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
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Opinião

Editorial

Estratégia verde

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) anunciou  que vai incluir os projetos de geração de hidrogênio verde (H2V) do Complexo Industrial e Portuário de Pecém (CE), em seu portfólio de investimentos. O objetivo é procurar parceiros financeiros para esse programa, que vem despertando o interesse de governos, corporações e fundos de investimento ao redor do globo. Nesse cenário, a iniciativa da ApexBrasil, que chega em um excelente momento, mostra ao mercado o apoio do Governo a esses empreendimentos e a confiança das autoridades no potencial do complexo cearense para esses projetos.

A retroárea de Pecém já tem atraído vários grupos interessados em explorar a produção do H2V, principalmente estrangeiros. O combustível encontra na região as condições ideais para sua fabricação, uma vez que esta depende de processos não poluentes para manter o selo verde – e essa exigência envolve a energia utilizada no processo, que deve ser limpa e renovável, uma demanda atendida diante das ofertas de energia solar e eólica no Ceará.

A proposta do complexo portuário é dar início à produção de H2V em 2025 e, até 2030, já ter condições de produzir 1,3 milhão de toneladas do combustível por ano.

Diante da procura por fontes energéticas limpas, o Hidrogênio Verde vem despertando um positivo interesse estrangeiro, especialmente diante do esforço de descarbonização do planeta. Segundo executivos do BNDES, a busca pelo combustível por governos de outros países foi tanta que a direção do banco antecipou os projetos relacionados ao H2V – antes previstos para o final da década. 

Apostar nesse caminho é uma estratégia de grande potencial para o Brasil e, nesse sentido, a decisão da Apex só pode ser elogiada. Este é o momento de todos os setores do Governo com eventual relação a estes projetos se voltarem a este assunto e mostrarem seu apoio a tal programa. O combustível do futuro, como o H2V é denominado, pode levar o Brasil a ocupar um lugar de destaque global no mercado energético e, nesse sentido, deve ficar evidente que o País apoia este caminho. 

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