sábado, 18 de janeiro de 2025
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Opinião

Editorial

Continuidade nas políticas públicas de infraestrutura

O desenvolvimento de uma nação está intrinsecamente ligado à qualidade e à eficiência de sua infraestrutura, especialmente quando se trata de transporte e logística. Esses sistemas formam a espinha dorsal que possibilita o comércio, o crescimento econômico e a qualidade de vida dos cidadãos. Para garantir o sucesso a longo prazo, é essencial que as políticas públicas relacionadas à infraestrutura sejam, de fato, políticas de Estado, mantendo sua continuidade apesar das mudanças de governo.

A declaração do presidente da Infra S.A., Jorge Bastos, na tarde de ontem –  no congresso da Associação dos Portos de Língua Portuguesa, durante o Brasil Export 2023 – ressalta uma verdade fundamental. O Plano Nacional de Logística 2035 (PNL 2035) precisa ser uma visão que transcende as flutuações políticas de um governo. Isso porque a infraestrutura é um investimento a longo prazo. Projetos relacionados a portos, estradas, ferrovias e aeroportos não podem ser interrompidos a cada novo ciclo eleitoral. A continuidade dessas iniciativas é essencial para evitar atrasos, desperdício de recursos e prejuízos ao desenvolvimento do país.

A experiência internacional demonstra que as nações mais desenvolvidas e economicamente robustas têm uma coisa em comum: um compromisso de longo prazo com o desenvolvimento de infraestrutura. Isso não apenas atrai investimentos – afinal, o setor privado passa a ter dados claros sobre como as autoridades pretendem gerir esse setor, estratégico para o crescimento da nação – mas também garante estabilidade econômica e qualidade de vida para seus cidadãos.

A continuidade nas políticas de infraestrutura não deve depender do momento político. Deve ser uma diretriz sólida que resiste às mudanças de liderança. Isso requer um compromisso conjunto do governo, do setor privado e da sociedade civil para priorizar o desenvolvimento da infraestrutura como um alicerce para o crescimento a longo prazo.

É chegada a hora de colocar a infraestrutura no centro das políticas de Estado e não apenas do Governo. Somente assim garantiremos que as estradas permaneçam abertas, os portos permaneçam operacionais e as ferrovias continuem a conectar nações, independentemente das mudanças políticas. É esse compromisso que irá pavimentar o caminho para um futuro mais próspero e equitativo para todos.

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