Convite para o século 21
Um dos principais sistemas rodoviários do País, o Anchieta-Imigrantes, que liga a cidade de São Paulo ao maior porto brasileiro, o de Santos (SP), se prepara para adotar o free-flow para seus usuários. Trata-se de um programa de cobrança pelo uso de rodovias sem a utilização de praça de pedágios e levando em conta apenas o trecho verdadeiramente percorrido, já implantado em países europeus, asiáticos e norte-americanos. Uma proposta mais justa financeiramente e com uma operação mais eficiente.
No free-flow, os veículos recebem tags e, ao entrarem nas pistas pedagiadas, eles são lidos por sensores. Da mesma forma, no local em que deixam a pista, essa saída é registrada. E o valor a ser pago é referente apenas ao percurso utilizado. Nem mais, nem menos.
A novidade foi anunciada ontem, em seminário em Santos, pelo diretor de Tecnologia Corporativa da EcoRodovias, Afrânio Lamy Spolador Júnior. A EcoRodovias é o controlador da Ecovias, concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI). Segundo ele, a nova tecnologia já está em fase de testes e representa um avanço para o usuário das rodovias e para a sociedade. Em entrevista ao BE News, em reportagem publicada nesta edição, destaca que “com o free-flow, a gente passa a ter tarifa dinâmica, com maior segurança e fluidez. Tendo uma viagem mais fluida, consequentemente ganhamos em conforto, segurança e contribuímos com a emissão de menos poluentes. Você vai passando, vai sendo cobrada tarifa de pedágio. O usuário pode passar por ali ou não”.
Mas para a efetiva implantação do free-flow, alguns passos devem ser dados. O Governo Federal ainda prepara a regulamentação dessa tecnologia. E mesmo os concessionários de rodovias e as autoridades ainda estudam como lidar com quem “invadir” as rodovias sem os tags, burlando a cobrança.
Tais obstáculos devem ser enfrentados com celeridade. E o sistema free-flow, implantado o quanto antes. Já está na hora das rodovias entrarem no século 21.