Cruzeiros marítimos, fomento para a economia local
A próxima temporada de cruzeiros marítimos (2022/2023) em Manaus (AM) deve injetar R$ 30 milhões na economia local, segundo projeção da Prefeitura da capital. Se a cifra for confirmada, representará um aumento de 172% em relação aos R$ 11 milhões movimentados na última temporada antes da pandemia de Covid-19, a de 2018/2019, quando 16 navios e 20 mil turistas passaram pela região. Já agora, de outubro a abril do próximo ano, são esperados 17 embarcações e 15 mil passageiros. E para os cruzeiros de 2023/2024, a projeção é de 24 navios.
As cifras citadas englobam os gastos diretos dos turistas e das operadoras de cruzeiros na região de Manaus, a arrecadação de tributos e os empregos criados com essa atividade portuária, segundo a Prefeitura, que mostra otimismo em relação à temporada.
E tal otimismo não é infundado. Nos grandes portos com escalas de navios de cruzeiros, as temporadas se tornam importantes ferramentas de fomento da economia local, impulsionando do comércio às atrações turísticas e, ainda, gerando empregos, mesmo que temporários. Mas, para isso, é necessário que as autoridades municipais dessas regiões as preparem para explorar ao máximo a vinda dos passageiros. E isso passa por estabelecimentos comerciais preparados para receber os turistas (mesmo os estrangeiros, que tradicionalmente não falam português), a organização de receptivos eficientes e atrações adequadas a esse novo público.
A indústria dos cruzeiros marítimos é, naturalmente, um fator estratégico para o fortalecimento da economia das cidades com portos que recebem embarcações de passageiros. Mas, para a sua plena exploração, esses municípios devem estar preparados.