quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
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Opinião

Editorial

Descarbonização: compromisso com o presente e com o futuro

A instauração de um grupo de trabalho do Plano Setorial de Mitigação de Gases de Efeito Estufa para o setor industrial, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), representa um passo importante na trajetória do Brasil rumo à neutralidade climática. A medida foi oficializada durante a reunião do Comitê Técnico da Indústria de Baixo Carbono do Governo Federal, ocorrida no último dia 17, quando se destacou a urgência de descarbonizar setores estratégicos da economia, como a indústria.

A participação de representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e das federações das indústrias dos estados de São Paulo (Fiesp) e Minas Gerais (Fiemg), juntamente com os seis setores industriais que mais emitem gases de efeito estufa, reflete um compromisso necessário e ambicioso. Segmentos como cimento, papel e celulose, alumínio, aço, química e vidro, que respondem por 85% das emissões industriais, têm um papel vital na concretização das metas de descarbonização.

A descarbonização das atividades econômicas não é apenas uma questão ambiental, mas uma estratégia econômica inteligente. A transição para uma economia de baixo carbono pode estimular a inovação, promover o desenvolvimento tecnológico e criar novas oportunidades de emprego. Além disso, o alinhamento com os compromissos do Acordo de Paris fortalece a posição do Brasil no cenário internacional, demonstrando liderança e responsabilidade.

No setor industrial, a redução das emissões de gases de efeito estufa requer investimentos em tecnologias limpas, melhorias nos processos produtivos e a adoção de práticas sustentáveis. A eficiência energética e a utilização de fontes renováveis de energia são caminhos viáveis e necessários para atingir essas metas. A colaboração entre o Governo e a iniciativa privada, como promovido pelo grupo de trabalho, é fundamental para garantir que essas soluções sejam aplicáveis e economicamente viáveis.

E esse esforço não deve se limitar ao mercado industrial. No de transportes, que é outro grande emissor de gases de efeito estufa, a descarbonização envolve a promoção de modais de transporte mais sustentáveis, como ferrovias e hidrovias, além do incentivo ao uso de veículos elétricos e a implementação de políticas públicas que favoreçam a mobilidade urbana sustentável. A integração de tecnologias inteligentes de transporte pode reduzir significativamente as emissões, melhorando a qualidade do ar nas cidades e contribuindo para a saúde pública.

O compromisso do Brasil com a redução das emissões de gases de efeito estufa deve ser robusto e contínuo. Nesse cenário, a descarbonização dos setores industriais e de transportes é essencial para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e assegurar um futuro sustentável para as próximas gerações. A implementação de políticas eficazes e o engajamento de todos os setores da economia são fundamentais para alcançar esses objetivos e fortalecer o compromisso do Brasil com a sustentabilidade ambiental.

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